Quem me falou de Alexandre Mazza, com a veemência da boa amizade, foi a tinturista das stars, Branca di Lorenzo, minha queridíssima, e dona de uma sinceridade suave, porém cirúrgica: nunca a vi desperdiçar, sequer uma vírgula, no que não merece crédito. Resolvi que deveria ir conhecer seu artista plástico preferido, o quanto antes!
Só que a véspera do carnaval e uma viagem, adiaram meu encontro com uma nova paixão: a linda obra de um artesão delicado, moderno e tecnológico, que mistura a romântica borboleta com luz de neon e todos ficam mais incríveis, se é que isto é possível. Quer um conselho? vá conferir, como eu fui, pessoalmente, na Galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea, a lindíssima exposição de Mazza, porque nenhuma fotografia fará jus ao que você vai encontrar por lá.
Como não sou do ramo, pedi à quem entende do riscado e é também galerista de Alexandre Mazza, para falar pro BLOG sobre sua obra, a queridíssima Luciana Caravello! BN
“No começo de fevereiro, abri a Mostra deste artista que adoro expor, o Alexandre Mazza. Ele tem um trabalho muito interessante, pois mexe com luzes e tecnologia e o resultado é, simplesmente, mágico! O que mais gosto no trabalho do dele é o acabamento impecável e a sua preocupação, especial, na utilização de bons materiais. O que reflete e interfere muito, no resultado final. Como a exposição começou no dia de Iemanjá e, como uma espécie de homenagem, ele resolveu usar só as cores azul, prata e branco.
Em todas as feiras que participei levei as obras do Alexandre e abafei, vendendo todas. Na ARTRIO, também foi SOLD OUT!!!! Ele já está em coleções importantes como a da Senhora Milu Vilella, Luiz Antonio Almeida Braga,Gilberto Chateubriand, Maria Cristina Burlamáqui, e no acervo do recém aberto fundo de arte, BGA. Acho que é uma bela aposta para quem está pensando em começar a comprar.” LUCIANA CARAVELLO.
Nossa querida colaboradora Vanda Klabin, que vem abrilhantando nosso Blog com posts bárbaros, nos manda notícias de uma nova e incrível exposição, desta vez do artista plástico Carlos Cruz-Diez, “El color en el espacio y en el tiempo”, que acontece no lindo museu da Fundação Costantini, em Buenos Aires. Com um detalhe sensacional: como membro do ICOM, que é o Conselho Internacional de Museus, ela teve a especialíssima autorização para fotografar a mostra. Só que o catálogo ainda não ficou pronto, portanto, suas fotos são inéditas e o 40forever as publica, em primeiríssima mão! Curtam! BN
“Quiero que mi trabajo estimule el mesmo tipo de placer que produce una pintura, pero sin haber sido pintado”.
Carlos Cruz-Diez
A exposição retrospectiva do artista venezuelano Cruz -Diez , em cartaz no Museu Malba, Fundación Costantini, Buenos Aires, apresenta os trabalhos realizados ao longo de sessenta anos de sua produção artística, com seus experimentos extraordinários a respeito da natureza instável e ambígua da cor. As suas variações cromáticas trazem como resultado, um diálogo frutífero entre arte, ciência e tecnologia.
A cor, um “organismo viviente” e sempre tratada com um elemento autônomo, é o eixo principal para o entendimento de sua obra.
Nascido na Venezuela, em 1923, Cruz-Diez estudou na Escola de Belas Artes em Caracas , onde passa a ser professor. Em 1955 , por ocasião de sua visita à exposição “Le Mouvement”, na Galeria Denise Renée, em Paris – que teve a participação de artistas como Alexander Calder, Jesùs Rafael Soto, Marcel Duchamp, Victor Vasarely, entre outros, passa a se interessar pela Arte Cinética, que privilegia a inserção da idéia do movimento e sua expressão plástica nas artes visuais e de experiências óticas, como elemento constitutivo da obra de arte.
Em 1960, Cruz -Diez instala-se definitivamente em Paris, período que a Arte Cinética estava em seu pleno apogeu. A partir de então , realiza sucessivas exposições e numerosas obras cromáticas integradas à arquitetura, murais, instalações interativas e intervenções em espaços públicos.
Desenvolve as séries Fisiocromías / Induciones Cromáticas / Cromointerferencias, As Fisiocromíassão estruturas compostas de finas lâminas metálicas ou translúcidas, cuja a cor varia em função da intensidade da fonte luminosa e da posição do espectador.
Suas intervenções artísticas, verdadeiras “situações visuais”, vão eliminar a distância que havia entre o espectador e a obra de arte. Estudioso da Física, Química e da Fisiologia, cria modulações óticas e sensoriais a partir da cor, agora tratada como espaço: o espectador é deslocado para compartilhar de sua obra ou interfere em sua percepção ou cria saturações ao enfatizar a sensação física das mudanças cromáticas.
Como todos os pintores da sua geração, Cruz- Diez se considera um descendente direto do impressionismo, do cubismo, do fauvismo e do construtivismo.
Suas obras estão presentes nas principais coleções como MOMA / NY; Tate Modern/Londres; Centre Georges Pompidou/Paris; Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, Paris; Museum of Fine Arts, Houston, entre outros.” Vanda Klabin!
Obs: Seguem abaixo, quatro exemplos do mesmo quadro, em dois ângulos diferentes. À medida que se caminha, as lâminas de cor modificam a visão do espectador! Um show! BN
Continuando a Fisiocromia!
Obs: Este quadro abaixo é uma homenagem de Cruz-Diez ao grande colorista Albers, que fez parte da Bauhaus!
AS INCRÍVEIS “SALAS DE CROMOSATURAÇÃO”, que são fontes luminosas que ele usa para o espectador ficar imerso na obra, interagindo com ela!