Devo confessar que amo ovos mas dois deles são especiais: os de chocolate, “bien sûre”, que a cada ano ficam mais incrementados e criativos (haja César), e os deslumbrantes, by Carl Fabergé. Já cantamos as qualidades de ambos, aqui no BLOG, em prosa e verso, mas um detalhe, dos russos, conto agora.
Na minha primeira viagem à Rússia, em 2006, só conheci a “capital cultural” São Petersburgo, cidade magnifica, que enche os olhos e o coração de todos com a grandiosidade, esplendor e harmonia de seu visual. Tão perfeito, que acho “semi cabotino” contar que saí frustrada da terra de Alexandre III só por não ter cruzado com um de seus famosos ovos: Então, eles só eram encontrados no Palácio do Arsenal, em Moscou, que hospeda o tesouro do Museu do Kremlin.
Situação resolvida, com louvor, em 19 de novembro de 2013, pela a inauguração do Museu Fabergé, lindamente instalado no Palácio Shuvalov, um dos mais divinos da cidade, às margens do canal Fontanka. Falando assim, não imaginamos o extraordinário esforço do bilionário russo, Viktor Vekselberg, para montar a coleção da sua “Fundação Cultural e Histórica Vinculação dos Tempos”, que compõe o acervo do museu.
São mais de 4 mil obras de arte decorativa russa, magistralmente expostas no palacete neoclássico contruído no século XVIII, pelo arquiteto Giacomo Quarengui, com uma particularidade: todas foram adquiridas fora do país, parte de numa ação contínua que está sendo promovida pelo governo, para repatriar o patrimônio artístico relevante russo espalhado, mundo afora, depois da Revolução.
Assim, o conteúdo do museu iniciou, com pé direito pela aquisição, em 2004, dos Ovos Fabergé da Coleção Forbes: Gol de placa!
O acesso ao museu é somente “by appointment” e as visitas são sempre guiadas, ou por profissionais da instituição ou pelos previamente agendados. Passei uma tarde encantadora flanando por seus salões, mas em nenhum minuto pude ficar só. Clique aqui para saber dos detalhes e boa viagem! BN