Eu amo este souflê porque, como diria minha amada tia Hero, ele é perfeito. Sua receita foi dada pela querida Glorinha Sued à minha mãe, como prova de grande amizade entre as duas: vocês sabem que os mineiros têm um código particular de afeto e conduta e nada é mais significativo para eles, do que revelar os segredos familiares da cozinha, debaixo de sete chaves…
Detalhe, vou contá-lo na versão “Emmental mas fica divino também com “Gruyère” ou queijo coalho.
INGREDIENTES:
8 ovos;
2 cebolas grandes;
200 gramas de manteiga sem sal;
2 pedaços de queijo Emmental, que somados, devem pesar, aproximadamente, 400 gramas.
PREPARO:
Passo 1: Derreta a manteiga, corte cada cebola em quatro partes e junte tudo e cozinhe por 10 minutos. Deixe esfriar bem;
Passo 2: Bata as gemas até formar um creme branco e homogêneo e reserve;
Passo 3: Rale todo o queijo na parte mais grossa do ralador e reserve;
Passo 4: Separe as gemas das claras. Reserve as gemas e bata as claras em “ponto de castelo”, bem firmes, e também reserve;
Passo 5: Separe a metade do queijo ralado e reseve. Junte, num pirex bem alto onde vai ser assado o suflê, o creme feito com as cebolas, o creme feito com as gemas e a outra metade do queijo ralado, misturando tudo;
Passo 6: Delicadamente, misture as claras batidas à mistura do Passo 5, tudo dentro da forma que irá ao forno. Pulverize, por cima de tudo, o restante do queijo ralado, que foi reservado;
Passo 7: Forno para assar, por 20 a 25 minutos. Quando tiver tostado, em cima, está pronto!
PULOS DO GATO:
1- Se o queijo for de melhor qualidade, seu suflê vai agradecer;
2- O forno tem que estar pelando. Para tanto, deixe-o esquentando por 20 minutos, na temperatura máxima;
3- Minha adorada Helena Gondim, uma das melhores chefs de cozinha que já conheci, me deu esta dica: pôr uma colherinha de café de fermento em pó da Royal, pra ajudar o destino e a subida do suflê. Aqui em casa não usamos, mas Irene esclareceu que quem quiser testar, fazê-lo no Passo 5.
4- Minha mãe, que é das maiores teóricas da gastronomia que conheço sem nunca ter fritado um ovo, diz que o ponto do soufflé é igual ao de um vulcão: Crosta por fora e ponto de lavas em ebulição, por dentro… Se sobrevivermos à esta hecatombe da natureza culinária, ele é divino! BN