VALE A PENA VER DE NOVO: SE MINHA TOALHA FALASSE!

 

Reinações de Narizinho: Meu primeiro livro de cabeceira!
Reinações de Narizinho: Meu primeiro livro de cabeceira!

 

Me lembro, até hoje, da emoção que senti ao ler, com 4 anos de idade, a descrição do vestido de casamento de Narizinho Arrebitado com o Príncipe das Águas Claras, feita pelo Grande Monteiro Lobato, em sua obra prima, “Reinações de Narizinho”: além de lindo, ele era um “gown dress” ao vivo e a cores, onde todos os peixinhos do mar nadavam, em algazarra, pela sua saia, num vai e vem infinito!

Nunca pensei que algum outro pedaço de pano pudesse rivalizar em impacto, originalidade, imaginação e beleza com o que o mestre da literatura infantil brasileira vestiu sua encantadora heroína, atiçando minha pobre e sedenta imaginação para o 40forever…

… Até ir jantar na casa de amigos, ser recebida como poucas vezes fui e me deparar com a toalha de mesa mais original e delicada que já vi em minha vida: quando a elegância mineira põe a mesa, é de se tirar o chapéu e aplaudir de pé. Portanto, aplaudo Silvana Gontijo!

 

Nunca pensei que um pe narizinho Arrebitadodaço de pano pudesse rivalizar com mágico o vestido de noiva de
Nunca pensei que um pedaço de pano pudesse rivalizar com o do mágico vestido de noiva de Narizinho Arrebitado!

 

O meu lugar, devidamente presenteado com a chiquérrima geléia de "citron de Provence", plantados no pomar de Silvana (Desculpem-me a foto, mas estávamos à luz de vela e eu queria muito que vocês vissem quanta delicadeza!).
O meu lugar, devidamente presenteado com a chiquérrima geléia de “citron de Provence”, plantados no pomar de Silvana (Desculpem-me a foto, mas estávamos à luz de vela e eu queria muito que vocês vissem quanta delicadeza!).

 

Facilmente, preencheria uma semana de posts cantando, em prosa e verso, tudo que vi e que aprendi, naquela noite mágica. A anfitriã, que podia chamar-se Babette, para combinar com seus dotes culinários, fez tudo em casa: dos bouquets de flores aos lindos potes de geléias variadas, que esperavam cada convidada no seu lugar à mesa, passando por um pernil “en croute na focaccia”, que também ele merecia um capítulo à parte, nada escapou de suas mãos de fada!

 

O "pernil en croute na focaccia", encontro perfeito de delícia com beleza!
O “pernil en croute na focaccia”, encontro perfeito de delícia com beleza!

 

Mas voltemos à toalha:
Risoleta Jaguaribe Selmi-Dei, avó de Silvana, encomendou, em 1915, uma linda toalha de linho branco, para comemorar o nascimento de sua primeira filha, Leda Gontijo, mãe da minha musa Silvana. Desta data em diante, “quando convidava alguém que queria incorporar ao seu universo, para a eternidade”, a toalha entrava em ação: após o jantar, ela pedia que seu eleito desse um autógrafo, na famosa toalha, e mandava borda-lo. Assim, escreveu a história das amizades da família, com os riscos dos bordados mais delicados e afetuosos que já ouvi falar.

Hoje, a toalha pertence à Silvana, por obra e graça de um sorteio que a mãe fez, entre as filhas: sortuda mas merecedora, porque continua o legado da avó, com toda competência! BN

 

2012-02-11 00.27.07
Meu marido e eu escolhendo nosso lugar ao sol!

 

BN assinando a "mesa da fama": como você pode escolher aonde quer ser perpetuada, me posicionei ao lado de Pedro Nava, pra ver se a lei da osmose funciona fora da química!
BN assinando a “mesa da fama”: como você pode escolher aonde quer ser perpetuada, me posicionei ao lado de Pedro Nava, pra ver se a lei da osmose funciona fora da química!

 

Alguns dias depois, recebo esta foto comprovando a minha entrada no Olimpo das Gontijo: fiquei muito honrada!
Alguns dias depois, recebo esta foto comprovando a minha entrada no Olimpo das Gontijo.

 

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