Vivendo e aprendendo dona BN, penso com os meus surpresos botões toda vez que me deparo com uma novidade como esta, que conto pra vocês a seguir…
Dia destes, organizando um almoço de trabalho com meu amigo e gurú para assuntos gastronômicos, Ronaldo Vilela, vi meu queixo despencar quando chegamos ao quesito bebida para sobremesa, que por sinal era uma inofensiva musse de chocolate com calda de frutas vermelhas… Sabem o qual a sugestão do craque Ronaldo?! Uma cervejinha, sabor chocolate!!!!
-Como assim???! Perguntei estupefada diante do Leviatã etílico que brotava à minha frente. Com sua fala mansa e bem mineira,Vilela sem se alterar complementa o golpe, confirmando meu “knockout”: Você não conhecia? Tem também sabor café. Aí fui à lona, sem direito à apelação.
Pra terminar, atesto: É escura, deliciosa, nada enjoativa e caiu como luva na “harmonização” com a musse. Deve-se servir gelada mas não “díssima” e, sobretudo, achei um grande barato a sua existência. Ou não sou aquariana. BN
CLIQUE AQUI pra o site da BERGUT onde podemos encontra-la!
Philipe de Nicolay Rothschild convidou para um jantar delicioso, em petit-comité, para conhecer a champanhe super especial que é a Rothschild. Ele está lançando no Brasil as três: a Brut, a Blanc de Blancs e a Rosé! Cada uma mais deliciosa e incrível que a outra!
O jantar para apresentar a divina champanhe para os amigos foi no CT, com um Menu feito especialmente para este acontecimento por Claude Troigros e seu filho Thomas. Cada prato combinando com uma champanhe. Um deleite total!
Frederic Mairesse veio especialmente da França para explicar como era feita a champanhe, a raridade da safra e o pequeno numero de garrafas produzidos por ano!
Foi uma noite memorável e a champanhe Rothschild já bombando no Rio e em São Paulo!!
Vejam as fotos!
O Menu estava sensacional…nunca vi nada igual ao Capuccino de cogumelos, uma verdadeira maravilha! A lagostin crocante espetacular e o ravioli de batata baroa dos Deuses …
Para quem é amante de vinho, vou dar uma dica imperdível sobre a magnifica vinícola Otaviano Bodega &Vinhedos, que fica situada na Argentina e é administrada pelos empresários Brasileiros José Caetano Lacerda e seus sócios João Carlos Dantas, OtávioPaiva, Ricardo M. Pinto e o enólogo Euclides Penedo Borges.
A Finca Otaviano foi iniciada com uma pequena produção artesanal, e ganhará investimentos milionários para ampliar sua produção, terá uma nova bodega e receberá, ainda, gigantescas esculturas de Raul Mourão para enfeitar os seus jardins.
A Vinícula é situada em Mendonza, com uma maravilhosa vista para os Andes, a construção é bastante sofisticada e se destaca pela beleza da arquitetura. A vinícola se prepara para tornar-se um importante ponto de enoturismo na região, atraindo turistas que buscam apreciar o modo de produção artesanal do vinho, e também a arte da pintura e escultura.
Vale lembrar que esta é a única vinícola pertencente a empresários brasileiros naArgentina. Criada em 2004 a produção já atingiu a marca de 450 mil garrafas em 2012 e a meta agora segundo Caetano Lacerda e seus sócios é alcançar a marca de 1 milhãode garrafas até 2017. Cerca de 70% da produção dos vinhos vem para o Brasil e estão a venda em diversos pontos espalhados pelo nosso país ou pela internet ( Veja abaixo o site e o link ).
Segundo os sócios da vinícola, a ideia de juntar vinho e arte veio recentemente. Há principio eles tinham unicamente a intenção de produzir vinhos, depois perceberam que elaborar esses vinhos era uma arte e se deram conta de que vincular a arte deles com a arte de terceiros seria um privilégio para os visitantes.
Com o aumento da vinícola, é planejado também a criação de novos tipos de vinhos ( atualmente são 10 ) como o Montlacer e Otaviano. José Caetano diz que estão se preparando para comercializar os vinhos com um bom preço, afinal vinho bom nãoprecisa ser caro. E posso lhes afirmar que Caetano é um grande expert em vinhos!
O Penedo Borges Malbec Icono já foi classificado como um dos 25 melhores vinhos pela revista Decanter, é delicioso e com um preço super justo. Vale a pena provar!
Em relação ao enoturismo, a bodega terá também uma sala de exposição interna. O grupo planeja apresentar exposições permanentes e itinerantes. Uma delas é a exposiçãodo argentino naturalizado brasileiro Carybé, que ficou conhecido por seus trabalhos que exploram a cultura baiana.
O projeto paisagista é minimalista e foi desenhado pela arquiteta Renata Dantas, ela explica que a intenção é levar o espectador a repensar todo o contexto por uma questão de escala, forma e localização.
O resultado disso tudo é uma bodega que se baseia na sensibilidade, simplicidade e no vínculo com a natureza. Tudo isto representado através da arquitetura, arte e da sua força motriz: o vinho.
Amei o post de MP contando sobre uma super novidade: o personal chef. Lembrei, enquanto o lia, que tenho, há tempos, um profissional parecido, me assessorando…
Falo de Napoleão Velloso, um dos idealizadores da saudosa “Super Delli”, que entende de comida como gente grande, tornou-se também um “expert” em vinhos e, o melhor: ele e sua linda e adorável mulher, Carla Barros Velloso, são amigos queridíssimos de nós, aqui do BLOG.
Brinco que ele é meu ” Personal Wine Consultor” e, com seu riso contagiante, me contesta: sou seu “Personal Cachaceiro Tabajara”…
Nomenclatura a parte, toda vez que recebo, tenho por hábito montar o cardápio e, em seguida, ligar para o Napoleão me ajudar a combina-lo com a bebida que tomaremos. Além de acertar sempre, na mosca, com seu paladar elegante e apurado, é o rei do “custo / benefício: beber bem e de acordo com meu bolso era um sonho de consumo que consegui realizar, finalmente, quando conheci “A Garrafeira”, sua loja charmosíssima, bem no coração da Dias Ferreira.
E por falar nela, passei por lá na semana passada e tive a sorte de pegá-lo numa hora tranquila e pedi: Napoleão, conta pro BLOG o que você toma em casa…
Sempre solícito, ele fez para nós uma pequena e preciosa seleção, em sua maravilhosa adega, justificando cada garrafa escolhida. Tento reproduzir a seguir…
APERITIVO:
1- “Taylor’s”, Deep Dry Port, Porto branco;
Que ele ensina a tomar puro, bem gelado;
Ou num copo longo, repleto de gelo, da seguinte maneira: uma dose de Porto, mais o dobro da dose, de água tônica, e um mini bouquet de hortelã, pra arrematar: mara!
2- “Villa Wolf”, Pinot Gris, 2010, vinho branco da Mozela, região vinícula alemã;
Ele conta ser um “achado”, pois o enólogo que o fez é craque e seu custo / benefício 1000, com sabor elegante, ligeiramente frutado e com toques de mineral. Ótimo como aperitivo, para abrir o apetite…
3- “Croft Pink” é um Porto rosé e o hit do último verão português;
Ele aconselha a tomá-lo num copo longo, com gelo.
VINHO BRANCO:
4- “Greco di Tufo”, 2010;
Ele define este divino vinho da Campânia, região no sudoeste da Itália, como de “tipicidade única”, mais pra seco e riquíssimo em aroma e sabor;
Perfeito para acompanhar frutos do mar.
5- “Kris”, Pinot Grigio
Segundo Napoleão, este elegante vinho da região do Trentino-Alto Ádige, Itália, fronteira com a Áustria, foge, com sua uva rosada Pinot Grigio, do sabor dos vinhos de uvas Chardonnay e Sauvignon Blanc, que dominam o mercado.
Faz uma bela dupla com um divino peixe assado.
VINHO ROSÉ:
6- “Château Roubine”, Cru Classé;
Já que o vinho rosé entrou na lista “eno fashion”, pedi pro nosso Guia indicações e ele só fez esta, que contou ser um vinho refrescante e a cara do clima brasileiro;
– Vai muito bem com frutos do mar ou um franguinho assado e bem crocante.
VINHO TINTO:
7- “Chante de Merle”, 2010, Bosquet des Papes, Chateauneuf-de-Pape;
Este ele considera uma de suas descobertas, pois está disponível na “Garrafeira” bem antes de receber seus atuais 99 pontos, na bombada lista de Robert Parker.
8- “Château Pesquié”, do Ventoux, no vale do Rhône;
Com um sabor de frutas vermelhas e uma cor linda, este vinho é pra tomar novo. Robusto, cai como uma luva acompanhando um suculento cordeiro, por exemplo.
9- “Roquette e Cozes”, 2010, Douro, Portugal;
Fruto de uma “join venture” enóloga, este vinho uniu duas tradicionais famílias do ramo: a Roquette, da “Quinta do Crasto”, Portugal, e a Cozes, do “Château Lynch Bages”, no Pauillac, França.
Vinho feito à moda de Bordeaux, elegantérrimo com seu tanino equilibrado, é o melhor acompanhante para um rosbife ou uma caça!
10- “Château la Reynes”, 2009, de Cahors.
Pedi pra nosso Mestre indicar um bom vinho para os dias de feijoada. Seu conselho é tomarmos este clássico acima, o mesmo que os franceses escolhem quando, aos sábados, se deliciam com seu cassoulet. Por ser muito estruturado enfrenta, com galhardia, a potência destes pratos.
11- “Olivier Leflaive”, Pinot Noir, Bourgogne, França;
Genérico entre seus pares, por não ter área de cultivo dedefinida, na região, este elegante vinho nasceu pra acompanhar um cozido, como me respondeu nosso Guia, eu pensando em nossos almocinhos.
12- “Lilliano”,2009, Chianti clássico italiano;
Outra pergunta: um vinho bom para acompanhar una pasta da mamma… Além de cumprir sua missão muito bem, tirou nota máxima no “Gambero Rosso”, melhor guia de vinhos da Itália.
13- “Reignac”, 2006, Bordeaux;
Além do mais, este vinho tem uma história curiosa, como contou Napoleão. Seu produtor organizou uma “Prova às Cegas” (com “provadores” de primeira e registro em cartório), reunindo os tops da região e bateu ícones como Château Latour e Cheval Blanc…
14- “Echezeaux”, Grand Cru, Bourgogne;
Para Napoleão, este vinho é quase divino… Perfeito na companhia de sua carne predileta, um “Côte de Boeuf” com panachê de legumes. Perguntei, o por quê da companhia frugal: nada pode roubar a cena do vinho.
VINHO DE SOBREMESA:
15- “TOKAJ”, da Hungria;
Sendo “3 Puttonyos” ele segue a máxima: “Maior número de uvas para fazer a menor quantidade de vinho”. Luiz XV considerava este o “vinho dos reis ou o rei dos vinhos”…
Nosso Mestre aconselha-o também com um delicioso queijo azul, tipo gruyère, ou com sobremesa…
CHAMPAGNE:
16- “Deutz”, Champagne, Blanc de blancs;
Champagne preferida por ser feita só de uvas brancas, que lhe dá elegância e delicadeza, segundo Napoleão.
17- “Laurent Perrier”, Champagne, rosé.
Melhor rosé dos Champagnes, segundo Napoleão, é também um super custo / benefício: mais barato que os rosé reserva, é uma belo “curvée”!
DIGESTIVO:
18- “Bas-Armagnac”, Delord, Napoléon;
“Termino com minha graça”, sentenciou o Mestre, brincando com a especificação “Napoléon” deste digestivo, que é o preferido pelos que sabem das coisas.
Geo detalhe: “Bas”por ser da parte de baixa altitude da região, mas a qualidade é a mesma.
Depois desta maravilhosa palestra virtual, vou já pra Garrafeira dar uma refrescada na minha adega: lá tem todos estes vinhos divinos que mencionamos acima e muito mais. BN
CONTATO GARRAFEIRA: TEL: +55 21 2512 3336 Rua Dias Ferreira, 259 A