Nós três, aqui do BLOG, adoramos nossas raízes mineiras, terra de tantos predicados que agrega valor inestimável fazer parte deste povo criativo e arteiro, no melhor dos sentidos, culpado por tudo de maravilhoso que vem das Minas Gerais.
Introdução feita e geografia definida, é do particular da arte mineira que este post vai tratar, pois nas Gerais canta-se bem, escreve-se o fino, pinta-se o sete com maestria, esculpe-se melhor ainda e sempre com a benção do tempo, pois “o que passou não passa, em Minas, cotinua a viver”, disse o Mestre Alceu do Amoroso Lima.
De lá e ilustrando o parágrafo acima, me deslumbrei por um livro que só o título já é uma inspiração: “A Mão Devota”, da Editora Bem Te Vi, que fala sobre os anônimos santeiros populares das Minas Gerais, nos séculos 18 e 19, escultores cujos talentos deixaram uma herança singular para a arte do Brasil, como preconiza o az do assunto Angelo Oswaldo de Araújo Santos, incansável menestrel da arte de sua gente.
O livro é lindo, singelo e grandioso, tocante e definitivo e me arrebatou pela originalidade do assunto, que eu desconhecia, e a comovente beleza dos assuntados. Que descanso pro espírito folheá-lo e ir conhecendo um glossário de Mestres nunca dantes navegados, com nomes deliciosos como Mestre do Estilo Delicado, Mestre da Forma Simples, Mestre da Cara Redonda… Ver santos, lindos, compartilhando conosco as suas devoções, tudo amparado por um texto impecável do seu autor José Alberto Nemer. Fora a jóia de prefácio, do já citado e também Mestre, Angelo Oswaldo.
Nem preciso dizer que “A Mão Devota” já está na minha mesa de centro e que recomendo-a, vivamente, para os crédulos e, sobretudo, os amantes da arte brasileira! BN
MAIS UMA PALHINHA DAS BELEZAS PRODUZIDAS POR ESTES MESTRES PRA TE ENCANTAR!