Domingo é dia da sua, da minha, da nossa Rainha Mãe, aquela que com ou sem divã é a primeira musa e, para grande maioria, fonte eterna de inspiração!
A minha, nascida em Santa Luzia do Rio das Velhas, MG, manteve a mineiridade como estrela guia, apesar de ter-se mudado para o Rio de Janeiro, aos sete anos.
Como a seus pares, agradá-la não é para amador, precisa-se de uma certa inspiração capaz de farejar o inusitado muito particular… Se ele for temperado com o requinte velado que mineiro ama e regado por uma boa e competente prosa, já é meio caminho andado. Mas, para acertar em cheio, é aconselhável que ele embrenhe-se pelas Minas Geraes, dublando as famosas madeleines e seu poder evocativo. Tão rindo dá minha desgraça???, e com razão, já dei mil vezes com os burros n’água!
Só que este ano, por conta de uma jóia rara que ganhei de uma amiga igualmente preciosa, usei a imaginação alheia para brilhar feito a Estrela Dalva, com Sonia: “Tiradentes, Retrato De Uma Cidade” encaixa-se como uma luva no gosto de minha sofisticada mãe!
Com editoría da musa craquérrima Vivi Nabuco, texto primoroso de Lélia Coelho Frota e belíssimas fotografias de Pedro Oswaldo Cruz, o livro tece a história da divina Tiradentes, desde seu nascimento ao ocaso e, finalmente, à reconstrução, comandada pelas mãos talentosas da grande Maria do Carmo Nabuco: AC teve a quem puxar…
Não é à toa que amo a Editora Bem-Te-Vi, seu olhar é apurado e certeiro e Tiradentes merece um lugar de honra em nossa estante. BN