LOVELY BOND!

The name is Bond, James Bond: uauuuu!!!

 

Fui ver o novo James Bond, no seu primeiro fim-de-semana em solo brasileiro, e pasmei: até lágrimas ele arrancou de quem não é muito lá dessas coisas…

 

Só nosso herói pra dar uma voltinha de moto pelo…. Gran Bazaar!

 

Atípico, o filme não desgarra-se de seus confrades de série quando roda o mundo, sob a batuta de Sam Mendes e ação de primeira categoria: da eletrizante cena inicial pelos telhados do Gran Bazaar, em Istambul, ao deslumbrante ballet, de silhuetas e luzes, projetado nos esculturais prédios da modernérrima Xangai, Mendes filma com pulso, sem esquecer e relevar a beleza, presenteando o espectador com um verdadeiro show de imagens.

 

Como nós, James Bond é 40FOREVER: tudo de bom!

 

Mas as pitadas de saudosismo e até ternura de Skyfall, filme que comemora o cinquentenário do agente secreto mais sexy do planeta, me surpreenderam por provar que, depois de tantas aventuras, ainda há como inovar a velha e deliciosa fórmula. Assim, adorei saber de dados biográficos de Bond, até então guardados a sete chaves e que foram revelados pra justificar traumas de infância: o melhor dos machões no divã, pode?!

 

O hilário encontro de Bond com Q (responsável pelo arsenal hightec de 007 neste filme) ou da tradição com a modernidade, em plena National Gallery: lugar emblemático reforçando tese…

 

Também curti muito o duelo, quase filosófico, sobre as vantagens e desvantagens dos 40FOREVER X 20FOREVER: astúcia X força, sabedoria X vigor, vintage X novo, e confesso que me emocionei, literalmente, quando a grande atriz “sheakspeareana”, e nas horas vagas M, Judi Dench, recita magistralmente um trecho de  Ulisses (o grego que venceu Tróia pela inteligência), do poeta inglês Alfred Tennyson, justificando o herói, na “terceira idade”, enquanto Mendes mostra nosso 007, em ação e sentindo o tranco dos anos:

 

Eis a cena pra qual é recitado o lindo poema abaixo: os piadistas não perderam a oportunidade mas eu, que amo uma boa sacada, aplaudi de pé!

 

“Não somos mais aquela força dos velhos tempos;
quando movíamos céus e terras,
hoje somos o que somos;
corações heróicos e um único caráter;
enfraquecidos pelo tempo e destino,
mas fortes na vontade;
para lutar, buscar, encontrar, e não se render”.

 

O vilão Silva, magistralmente interpretado por Javier Barden, assediando o nosso agente preferido…

 

Termino aplaudindo um elenco espetacular que fez um bom roteiro virar um filme maravilhoso e que, não à toa, bateu recorde de bilheteria na seletiva Inglaterra:

Daniel Craig, definitivamente já é Bond, James Bond;
Javier Barden, recupera o brilho de um vilão à altura do mocinho;
Rauph Fiennes e sua elegância não perdem um papel limítrofe;
Judi Dench, repito, é diva;
Albert Finney, que demorei para identificar, fecha o filme com maestria!

 

Não posso deixar de fora da lista dos melhores do filme o divino Aston Martin DB5, que roubou a cena: na foto, com o igualmente tudo de bom, Daniel Craig!

 

Skyfall vale cada “penny” da sua entrada! BN

 

http://youtu.be/lpu8EvUXz70

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