Sair correndo é minha marca registrada pois sou a pessoa mais otimista, em se tratando de tempo: tenho certeza que ele é perfeitamente elástico…
Mesmo não sendo, poucas vezes me deixou na mão. O mais comum é eu ter pequenos castigos por gostar de me arrumar dez minutos antes de sair e, geralmente, as consequências caem sobre a minha bolsa: esqueço o celular, vou pro cinema sem óculos, pro restaurante idem, idem, baton e pente só em dia de muita festa…
Mas outro dia, fui à forra, graças à generosidade da amiga queridíssima Marcia Solera. Tínhamos Municipal, à tarde, concerto do grande Nelson Freire, daí emendamos pro Jobi, mais a querida Vivi Rocha e, como era sábado, meu maridíssimo pegou-me pra jantar, eu direto com canastra e a mesma produção, desde às três da tarde. Tudo ia inexplicavelmente bem até que fui me retocar para meu date e, cadê o batom?
Foi quando Marcia tira da bolsa um batom e, com seu jeitinho manso imbatível, manda eu experimenta-lo: foi love at first sight, do you believe?!
Trata-se do Rouge Allure, da Chanel, que não tiro mais! Pra quem já o conhece há anos, me desculpe a ignorância, sou BN, aquela que não sabe passar nem rimel.