Nosso Blog retornou ao Municipal pra ver a apresentação “Gala”, segundo Programa do Ballet do Teatro Mariinsky, na sua turnê pelo Rio de Janeiro.
Foi uma noite mais leve e eclética do que a do”Lago dos Cisnes”, aonde a maravilhosa Companhia pode mostrar pro que veio. Misturando clássico com moderno, apresentou-nos trechos de algumas das mais famosas coreografias de seu repertório. Assim, pudemos nos encantar com seu maravilhoso corpo de baile e curtir seus principais solistas, todos no mesmo dia!
O espetáculo foi dividido em três partes e dois intervalos. A primeira,”Chopiniana”, com coreografia clássica, à seguir “Simple things”, modernérrimo e bem dançadérrimo e, finalmente,”Divertissement”, um mix de pas de deux imortais, como os de “Carmen” e “Don Quixote” e outras coreografias, fez o Kirov derramar sobre nós a arte da dança em sua forma extrema, enchendo os olhos de todos com seu incrível talento, leveza suprema, precisão técnica e disciplina. Tanta virtude que transbordou, e quando me dei conta, estava wondering até quando haverá comunicação de pessoas tão incríveis, com este nada admirável mundo novo! Por isso, fiz algumas ponderações com os meus botões, durante a apresentação, que divido com vocês agora.
1- A primeira delas, é a pergunta que não calava os espectadores (até uma amigo meu, ex grande bailarino, estava decepcionado). AONDE estão aqueles deuses dançantes russos, que nos tiraram o fôlego no século passado, ali somente e levemente representados por Alexey Timofeev?!
2- Em compensação, pelo menos 5 das bailarinas que solaram, ontem, poderiam ser “Prima-donnas”(posso usar este termo pra ballet?) em qualquer outra grande companhia do mundo!
3- E dentre as rosas, a mais formosa: Ekaterina Kondaurova, o que é aquele ser divino? Ela é clássica ao extremo quando encarna os pobres cisnes e tão eximiamente cool e técnica, na coreografia contemporânea “Simple Things”, que consultei algumas vezes o programa pra confirmar sua dupla existência!