Este jantar, só para mulheres, foi para homenagear uma amiga queridíssima que mora em Portugal. Como é das grandes marchands do país, tentei produzir uma mesa que combinasse, um pouquinho, com o ambiente em que vive e pontifica. Para tanto, usei uma louça que me foi dada por meu adorado tio André Gonçalves, aquele do arroz tricolore, lembram?
De cerâmica de Vallauris, é das paixões de minha vida não só por sua beleza mas, principalmente, por ter a capacidade de me transportar, a la Proust, para um tempo muito feliz da minha infância, quando a vida de nossa família girava em torno da casa de minha avó Elisa. Dos lugares mais divertidos que frenquentei, inúmeras vezes a vi brilhar em seus adoráveis jantares junto com a louça e fazendo jus à previsão de Picasso, seu autor, quando disse a Andre Malraux: “Fiz peças nas quais poderemos comer”!
Tudo começou quando, em 1946, Picasso visita Golfe-Juan, no sul da França, para conhecer sua exposição anual de cerâmica e encanta-se com o stand da Oficina Madoura. A convite de seus donos, Suzanne e Georges Ramié, participa do workshop da fábrica, apaixonando-se pela arte da cerâmica a ponto de mudar-se para a cidade, por alguns anos, e virar ceramista de mão cheia.
Além das peças únicas que produziu aí, Picasso também permitiu que os Ramié fizessem algumas cópias de seus originais, para uso diário: eis a origem da louça, que é tema deste post junto com o jantar, bien sûre. Curtam as fotos! BN
VOLTANDO AO RIO, VAMOS À CADEG ESCOLHER AS FLORES:
O PASSO A PASSO DA MONTAGEM DA MESA:
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