O Rio tem dessas coisas!
Passo na Capricciosa para um jantar dominical e sento ao acaso. Olha pro lado, Valentino! Olho pro outro, Claudia Gimenez num papo animadíssimo com a Roberta Sudbrak, olho pr’atrás, Chico Buarque…
Dias depois, entro na lojinha da Proforma do Leblon (Cobal) e reparo a linda menina que faz um enxoval. Reconheço Charlotte Casiraghi se preparando pra malhar com Cesar Parcias. Sim ele, sempre ele!
Ok! Mas alucinação mesmo foi me deparar com uma miragem do Bill Clinton e Anthony Hopkins andando, displicentes, pela calçada de Copacabana. À noite, no JN, confirmei que ainda não estou louca!
Em qualquer lugar do mundo, as “celebs” zanzam com cara e aparato de famoso. Só aqui é que passam desapercebidas, confusas na paisagem.
Isto tudo pra contar que fim de semana retrasado, recebo um torpedo de meu amigo e professor Rafael Fonseca me convidando pra algo que minha falta de óculos transformou num “blind date”.
Seguimos pro Instituto Moreira Salles, que só isso já é um programaço!
Eis que surge em minha frente Alex Ross, o very cool e very tudo crítico de música da revista New Yorker, lançando ali seu novo livro, numa tarde chuvosa de sábado. E como quem não quer nada, evidente, lembra que estamos no Rio!
Para tanto, fez uma palestra mara sobre, “A evolução da chacona até o blues, e a arte da melancolia” que apesar do título mala, foi super interessante, totalmente compreensível e despretensiosa, como seu autor.
Ah! O que é chacona? Aprendi com ele: É uma dança espanhola, rodopiante e mega sensual, que hipnotizava a todos que a vissem! Fiquei até afim de aprendê-la, vai que não é papo?!
Você que não deu esta sorte, ainda está em tempo! Compra o livro “Escuta só”, Alex Ross, Cia. das Letras (que é a porta para se entrar, com simplicidade, no mítico mundo da música clássica), leia o segundo capítulo e bingo! Você (quase) esteve lá!
BN