O Blog convidou a amiga queridíssima Cristina Setembrino, que junto com o marido e grande advogado Fernando, têm um dos mais premiados orquidários do estado do RJ, para do alto de sua experiência no cuidado com a sofisticada flor nos contar, em capítulos, pequenos detalhes que vão fazer a diferença na criação e preservação das mesmas. Frequento sua casa, semanalmente, por conta de uma maravilhosa aula de história: não foram poucas as vezes que me maravilhei com um exemplar de sua coleção! Começemos, então, com os cuidados com as “Phalaenopsis”! BN
“A orquídea que você comprou para enfeitar sua casa ou que você ganhou de presente, enquanto estiver com flor você sabe que basta ir regando, sem encharcá-la, deixando a água escorrer , sempre que o substrato estiver seco, e ela ficará perfeita.
Mas, e quando as flores estiverem murchas? O que fazer? Ela não precisa virar lixo! Elas irão crescer, florir e ficar lindas de novo na sua casa, cuidadas por você e, o mais importante, sem te dar trabalho
Basta você ter uma varanda, uma área, um cantinho qualquer, ou seja, um local claro, arejado, que não seja muito quente e que o sol não bata diretamente na planta, para não queimar suas folhas.
Algumas dicas:
As Phalaenopsis gostam de certa umidade, mas detestam excesso de água, daí a drenagem do vaso deve ser muito boa para que após a rega o excesso de água escoe totalmente. Pode-se regar com mangueira, regador, direto na torneira de uma pia, sempre evitando que fique água empoçada na coroa da planta. Deve-se molhar o substrato por inteiro. Em outras palavras: quando molhar, molhe mesmo. Jamais use pratos por baixo do vaso.
Os vasos transparentes facilitam a verificação do grau de secagem. Nos demais vasos, a colocação do seu dedo indicador, no substrato, também é forma de checagem: Na dúvida, deixe para regar no dia seguinte!
Importante: Não encoste o dedo nas pontas das raízes, pois isso abortará seu crescimento.
As Phalaenopsis têm raízes que ficam dentro do vaso e raízes aéreas, que não devem ser cortadas, nem forçadas em direção ao interior do vaso. Deixe-as à vontade. Quando quebram elas rebrotam em bifurcações, como rabo cortado de lagartixa.
A circulação do ar é vital, quer para a secagem do substrato, quer para a respiração das folhas.
4 horas de boa claridade são suficientes, ao contrário das Cattleyas que necessitam de mais tempo. A cor das folhas é um indicativo da adequada iluminação. Se verde oliva médio, tudo OK. Se amarelas, estão recebendo muita claridade. Se verde escuro, pouca claridade.
Não se esqueçam que elas têm que comer: Em casa é melhor usar adubos químicos, pois não deixam cheiro. Todos são muitos parecidos. Escolha qualquer um dos indicados para orquídeas e adube uma vez por mês, usando a dosagem indicada pelo fabricante na própria embalagem. De 2 em 2 meses use um inseticida, de preferência natural, à base de “citronella” por exemplo, para combater ácaros, pulgões, cochonilhas, etc.
Elas certamente vão florir 2 vezes por ano e suas flores costumam durar em média 90 dias.
Aqui em casa tem uma, linda, que está com 16 flores grandes há mais de 120 dias!!!”
Cristina Setembrino
Vejam como surte efeito os preciosos conselhos da nossa “consultora”! BN