Convidei minha amiga Branca Barulli para nós contar tudo sobre as pirâmides da Bosnia já que Branca agora é cidadã de lá! Gostei tanto do seu relato sobre esta região que pedi a ela para escrever este post especialmente para o 40 forever! MP
“Sarajevo, para mim, era apenas o nome de uma música belíssima do U2 com o Luciano Pavarotti. Eu tinha 13 anos em 1991, na quinta série, e apresentei um trabalho sobre a Yugoslavia e me lembro de ter perguntado a meu pai,:“como era possível para aquele país composto de tantas nacionalidades, culturas, religiões e línguas diferentes, existir tudo ´´junto´´como um só país? Décadas depois, 23 anos precisamente, eu aterrissava em Sarajevo para visitar a Bósnia”.
A 30km de Sarajevo, através de uma moderna auto estrada praticamente no único trecho em todo o país, chega-se a Visoko, cidade de 20 mil habitants onde fica o “Vale de Pirâmides” sítio pré-histórico composto de Pirâmides, túneis com passagens estreitas e salões subterrâneos ainda pouco explorados.
Existem já muitos estudos e reportagens sobre esse patrimônio cultural da Bosnia e aqui vão alguns Vídeos Científicos Diversos de 2005 a 2013 .
Outro vídeo científicos de 2014:
Visitantes e curiosos de todo o mundo são admitidos em tempos e situações específicas. Desde a ‘’descoberta’’ oficial do Vale as expedições se sucedem, passaram por lá nos ultimos dez anos, estima-se, 450.000 pessoas. Já existem grupos de pesquisa e de vários interesses de estudo além da arqueologia, paleontologia e ciências afins, mas também do estudo das religiões e espiritualidade, medicina, história, etc. Entretanto, dadas as condiões sócio históricas do país, todos esses esforços ainda estão em estágio embrionário.
Diante de toda a situação se vislumbra uma série de oportunidades para o desenlvolvimento pessoal como também de empreendimentos e negócios. Os roteiros turísticos ainda são muito escassos e a divulgação não é ainda reconhecida como “oficial” mesmo considerando os achados científicos importantes.
Em 2005 após a descoberta da Pirâmide do Sol foi estabelecida uma Fundação, pelo descobridor do Vale, Dr Semir Osmanagic, que vem mantendo as equipes de arqueólogos encarregados das escavações nos túneis. Esse programa admite que os visitantes possam participar dos trabalhos durante alguns períodos do ano, como voluntários para variadas tarefas do projeto de pesquisa.
Este local inclui a maior estrutura piramidal do mundo – A pirâmide do Sol da Bósnia com sua altura de mais de 220 metros é muito mais alta que a Grande pirâmide do Egito (147 metros)
Os testemunhos das pessoas que conheceram de perto as Pirâmides da Bósnia são vários. Em geral as pessoas falam de melhoras de suas condições de saúde e acreditam que seja pela alta concentração dos íons negativos e oxigênio dentro dos túneis. Outros acreditam que seja pelo que se conhece como ‘Ressonância Schumann’ (A Ressonância Schumann é um conjunto de picos no espectro na ELF , banda de frequências extremamente baixas) do campo eletromagnético terrestre, formado pela superfície da Terra e pelas camadas inferiores da ionosfera. As radiações eletromagnéticas causadas por tempestades elétricas são fontes das oscilações das ELF, consideradas como altamente benéficas ao cérebro humano.
Ou ainda, os benefícios pelo contato com uma natureza intacta, presente não somente nesta região mas em toda a Bósnia e Herzegovina, como as localidades de Mostar, Blagaj – Bunar river, The Wateffalls of Kravice – para citar alguns lugares especiais onde o contato, como sabemos, faz bem a saúde em muitos níveis, mesmo que seja por algum tempo. A visita ao Vale de Pirâmides pode ter um interesse científico, cultural, econômico mas, freqüentemente é uma inesquecível experiência de crescimento pessoal.
Em 2014, depois de 2 meses vivendo na Bósnia e de presenciar as enchentes que trouxeram à superfície, literalmente, muito lixo, resolvi seguir uma espécie de ‘chamado’ e a própria intuição e decidi me mudar pra cá.
Estabeleci uma empresa, a 2B1, com a intenção de investir no imenso potencial do país e somar os meus esforços para que um pedaço do nosso planeta, com tanta beleza e diversidade, possa ser preservado e melhorado em todos os níveis. Depois da ultima guerra (1992-1995), as traumáticas conseqüências ainda são muito sentidas e o país precisa de ajuda e cooperação internacional em absolutamente todos os setores.
Creio que somente quando nos unirmos, como conscientes habitantes de um mesmo planeta, único apesar das fronteiras geográficas, será possível viver melhor, solidários, em todo e qualquer lugar do planeta Azul.”
Se você tiver interesse em visitar a Bósnia, entre em contato com beone2b1@gmail.com que com certeza terá uma grande visita à Bosnia!
Hoje é Dia dos Pais: parabéns para todos os homens maravilhosos que fazem de seus filhos a grande alegria de viver… Para homenagea-los, nada melhor que um assunto que talvez os agrade, deixando a ressalva: “o Ministério da Saúde adverte que fumar não está com nada”.
Continuando meu périplo por Cuba, a maior surpresa foi conhecer o fascinante Mundodo Habano, preciosidade única e exclusiva destas bandas. Vuelta vai Havana vem, editei os erros e acertos destas minhas andanças e consegui montar, pra vocês, um roteiro didático e cronológico da gênesis do melhor charuto da face da terra.
Até então, eles eram pra mim acessório de pessoas sofisticadas, normalmente do sexo masculino e “acháveis” na filial carioca do Esch Café. Jamais havia parado pra pensar no universo que gira, freneticamente, por trás da caixa de madeira que carrega os mais famosos filhos consumíveis da Ilha: a sua intrínseca cadeia de produção, a excelência dos ítens que participam da confecção, a perícia dos numerosos artesãos que contribuem para sua grandeza. São números impressionantes em quantidade e qualidade.
Aconselho, a quem tiver interesse, a leitura agradabilíssima do livro “El Mundo Del Habano”, é um belo começo de aprendizado. Não é à toa que personalidades do quilate de Winston Churchill, George Washington, John Kennedy, Marlene Dietrich, Michael Jordan, Getulio Vargas, entre outros, não passavam sem um.
Descobri também que vinho e charuto, apesar das distâncias geográficas e físicas, são primos legítimos, como dizem no nordeste. Por isso, repito o título deste post: o Habano é o “premier grand cru classé” dos charutos. Assim, ambos devem sua distinção a um misto de circunstâncias geo-climáticas únicas chamadas “terroir”; são fruto de blend ou mistura; têm plantio, safra e colheita anual em data certa. Passam, igualmente, pelo processo de fermentação (o tabaco por mais de uma) e envelhecimento, onde ambos descansam por x anos até estarem aptos a serem “embalado” para consumo. E o mais incrível, carregam necessariamente a sigla D.O. C. Ah, sabe qual o nome do especialista em charutos: “habanosommelier”, bien sûre!
ALGUNS DETALHES:
– O ciclo do charuto dura de novembro a fevereiro, da semeadura à colheita. Portanto, quem for aproveitar o roteiro abaixo, tem que estar por lá neste período.
– Para melhor situar a importância deste passeio, comparo: Pinar del Río está para o charuto como a região de Borgogne, na França, está para o vinho. E Vuelta Abajo (a mancha sagrada de onde brotam as melhores e únicas folhas admitidas na confecção dos Habanos) é a Côte d’Or dos charutos;
– Nas fincas plantam e processam as folhas de tabaco que saem devidamente tratadas e embaladas para a confecção dos habanos. Como contei, os charutos também têm safras, por conta das variações climáticas e quem julga e classifica este resultado é o governo cubano, que distribui as folhas para esta ou aquela fábrica, de acordo com a qualidade que alcançaram;
-Todos os charutos são feitos com folhas de uma única planta. Só que estas sofrem variações devido à localização no caule por conta da insolação. Por exemplo, as mais altas são as Corona, que ficam mais expostas ao sol e por isso têm mais fortaleza e sabor;
– As folhas são cultivadas de duas formas, pela necessidade. Em estufas, “tabaco tapado”, para fazer as capas dos charutos, e a céu aberto, “tabaco de sol”, para a tripa e capote do charuto.
– O que distingue uma marca de charuto da outra é como suas folhas foram mixadas, isto é, seu blend.
PASSEIO DEL HABANO:
– Agora, vamos passear…
Vale a pena reservar um dia inteirinho de sua viagem para cumprir o trajeto do charuto, seu universo é lindo e fascinante. Para tanto, aconselho deixar Havana em direção à Vuelta Abajo, às 8 da manhã acompanhado de um farnel que substitua o sacrossanto almoço: hoje ele não vai rolar. O percurso dura umas 2 horas e meia. Chegando lá…
– Primeira Parada: Visita à Finca Robaina
– A “finca” ou fazenda produz, trata e armazena as folhas dos Habanos. Existem duas que valem a pena a visita pois estão estruturadas para receber os turistas e lhes mostrar todo processo: Finca Robaina ou Finca de Monterrey
– Fui, com minha família, à espetacular “Finca Robaina” cujo dono, Hirochi Robaina, considerado o rei do tabaco, é seu maior e melhor produtor. Pra se ter uma idéia, além de Cuba, ele possui fazendas em Santo Domingo e até em Las Vegas, nos Estados Unidos, onde produz um charuto mais popular.
– Chegamos, com visita marcada previamente, e fomos recebidos por um funcionário poliglota que mostrou-nos o passo a passo da primeira etapa do elaborado processo de produção dos habanos: a que acontece na finca. Incluído aí o plantio, colheita, secagem, fermentações e envelhecimento das folhas de tabaco. Acompanhamos, ao vivo e a cores, cada uma destas etapas, tiramos nossas dúvidas e coroando o passeio, vimos um charuto ser enrolado: luxo só!
Esta visita dura cerca de uma hora: voltemos à Havana.
– Segunda Parada: Fábrica de Charuto:”
– Chegou a hora de visitar as emblemáticas fábricas de habanos, a maior parte localizadas em enormes casarões em Havana, programa único: fomos à da Partagas.
– Antes de começar o tour, cada grupo é recebido por um guia que conta a história dos habanos e seu processo de fabricação. Depois, nos leva para conhecer (quase) todas as dependências, avisando: é proibido qualquer tipo de registro. Imagens, só as oficiais. Dá uma vontade de fotografar…
– Passeamos por salas e mais salas, repletas de homens e mulheres de qualquer idade, que passam o dia confeccionando os charutos, inteiramente à mão. Nenhuma máquina é capaz de copiá-los, são chamados “los torcedores”. O pitoresco; são embalados por um som altíssimo que reproduz o último “hit” de música pop, o mesma que ouvimos em nossos rádios por aqui. É muito impressionante!
(Amigos contaram que no passado, passavam o dia ouvindo os discursos de Fidel Castro)
– Terceira Parada: Pondo em prática…
– Quando chegar a este ponto do dia, vai bater um certo cansaço… Nada melhor, então, para coroa-lo, do que ir à “Casa dos Habanos”, em frente ao Porto, em Havana Velha. Compra aí o habano de sua preferência e sente-se no cafe do lado de fora, peça uma taça de rum e a maravilhosa companhia do sommelier local: ele vai te dar uma aula super interessante de como lidar com a jóia da coroa cubana. Uma vez só não faz mal, é cultural! BN
Nunca imaginei visitar Cuba, tantos os roteiros mundo afora e tão curta a vida… Que bobagem, fui surpreendida por uma das melhores viagens ever!
Tudo começou num almoço, quando o filho da vez a escolher nosso destino era Isabel TM, a caçula. África vai Israel vem, acabamos batendo o martelo: a Ilha. Era começo de dezembro e, no meio de caloroso debate, Maria TM lança um argumento insólito pra época: “Vamos antes que acabe”… Parecia premonição pois 15 dias depois (nós já com as passagens na mão, ufaaaa) o Presidente Obama declara para, muito em breve, o “desembargo” à Cuba. Assim, nossa ida que era meramente turística virou quase jornalística e voltamos com a leve sensação de observadores da história…
Desembarcamos por lá, de noite e na noite dos tempos, com um minucioso roteiro montado por mim (parte diurna/cultural) + Maria TM (parte noturna). Ela é nossa “personal concierge”, craque na escolha de restaurantes, hotéis e cia) e a benção dos amigos de uma vida, Alice e Bob Medici (contato no final deste post), agentes divinos de viagem, que há anos transformam nossos delírios turísticos em doces realidades: eles fazem toda a diferença!
Conto, a seguir, um roteiro enxuto de cinco dias, baseado no nosso (ficamos nove dias, sem contar a chegada e a saída) que editei em seus percalços, já que os cubanos são um povo encantador e solícito mas, por enquanto, inteiramente crú no quesito turismo. A favor deles, têm uma vontade louca de acertar. Por isso, acatam as mudanças de percursos imediatamente, com toda presteza! E eu fiz algumas fundamentais…
DIA 1: HAVANA CITY TOUR
Se estiver tempo bom, alugue um daqueles lindos carros antigos e conversíveis que ficam esperando na porta dos hotéis ou em pontos centrais de Havana, e dê um “rolé” pra se ambientar na cidade (chuvendo, vai de taxi como Angélica: só é menos romântico…).
Acertada a locomoção, peça pro motorista descer a via costeira, pegar a “QuintaAvenida” (é este o nome, Globo e você, tudo a ver…) e seguir pelo setor dos casarões maravilhosos de antes da Revolução (acho que é a Rua 146 ) que hoje viraram embaixadas, casa de empresas ou de alguns raros felizardos. Fiquei boquiaberta…
Depois, atravesse o deslumbrante Bosque de Havana e termine o passeio em HavanaVelha (contando o trajeto mais as paradas obrigatórias para fotos e cia, esta programação dura 2 horas).
Daí, siga pra conhecer esta parte encantadora da cidade a pé, de preferência com um guia.
Na hora da fome, almoce no La Floridita onde Hemingway e amigos tomavam daiquiri. É lugar de turista, mas afinal o que somos nós? Sente na parte da frente, onde servem uns sanduíches gostosos. O restaurante é vago.
Depois do almoço, perca-se mais um pouquinho por esta parte encantadora da cidade. A cada esquina uma surpresa e, muitas vezes, cantante!
DIA 2: HAVANA HAVANA VELHA E MUSEUS
Continue passeando pela cidade antiga, é divina! Já que a esta altura está ambientado, siga o roteiro tradicional e visite as 4 praças (Praça Central, Praça das Armas, Praça da Catedral e Praça Velha) que se interligam, formando o Centro histórico.
Percorrido este lindo trajeto, rume para os museus: são poucos, mas dizem muito sobre a cultura local.
Os que mais gostei: – Museu da Revolução: apesar de parecer uma coletânea de trabalho colegial, é emocionante ver o passo a passo da revolução de maneira singela, com documentação baseada apenas em muitos recortes de jornal e fotografias. Já que estamos na Ilha… – Museu de Belas Artes: a parte de arte cubana é simplesmente um show! – Museu de Artes Decorativas: era a casa de uma senhora da elite pré Castro e continua arrumada (mais ou menos) como ela deixou, tipo Frick Collection local. Dos poucos lugares que retratam a vida na era Batista em seu apogeu.
– Museu Napoleônico: se tiver tempo e interesse é pitoresco, pois é o segundo maior acervo do mundo sobre o assunto…
– Roubada master: Museu do rhum.
Quando terminar o estirão cultural, passe na Bodeguita del Medio e tome seu famoso mojito!
DIA 3: COJIMAR CASA DE HEMINGWAY E ARREDORES.
O escritor norte-americano Ernest Hemingway morou na Ilha por um bom tempo, no final de sua vida, e é uma de suas principais atrações. Depois de passar algum tempo num quarto de hotel, mudou-se para a charmosa “Finca la Vigía”, em San Francisco de Paula, na periferia de Havana. Vale muito a pena visitar a casa, está como se ele tivesse saído pra dar uma volta. Seu jardim é delicioso, peças importantes de sua história permaneceram por lá, até emociona.
Na sequência, dê um pulo à vizinha Cojimar e passeie pela via costeira, que é uma graça. Cheia dos barezinhos outrora frequentado pelo escritor, hoje disputam quem tem o melhor acervo de relíquias por ele deixado. Outro detalhe encantador: num rochedo no canto desta praia que “O Velho e o Mar” foi concebido e é maravilhoso contemplar a fonte de inspiração de um grande mestre… Vai que existe “osmose literária”.
A seguir, almoce no Café Ajiaco, muito simpático. Tem que reservar pois é lotado.
Voltando, ainda sobra um resto de tarde. Aproveite pra ver o famoso pôr-do-sol cubano do morro de Havana Velha. Espetáculo único.
DIA 4: VALE DEL VIÑALES & PINAR DEL RIO & HAVANA CHARUTOS & BELEZAS NATURAIS
Inventamos um “Passeio Temático” pra conhecer uma das estrelas do país, os preciosos “habanos”. Achei tão incrível sua história que reservei um post inteirinho pra ele, apesar de não fumar e nem nunca ter-me interessado pelo assunto. Mas os charutos estão para Cuba como o vinho para França e contextualizado, é igualmente fascinante. Por ora, dou somente as informações básicas e me aprofundarei mais adiante.
Voltando ao roteiro, para que este dia renda segundo sua necessidade, saia de Havana às 8 da manhã levando um farnel com sanduíche pra driblar o almoço, hoje não terá tempo.
Seu destino é o Vale del Viñales, a oeste da Ilha e duas horas de distância da capital. Chegando, vá direto às atrações naturais: visão panorâmica do Valle, que é bem pitoresca, e passeio por uma de suas lindas grutas, com direito a navegar pelo Rio São Vicente.
Finda a parte “aquática” do passeio, rume para Piñar de Rio, mais precisamente à “Vuelta Abajo” onde fica a “Côte d’Or” dos charutos, pra conhecer uma de suas fincas (nome dado às fazendas cubanas), que produzem a melhor folha de tabaco do mundo. Só aceite se for a “Finca Robaina” ou a “Finca de Monterrey”, em San Juan Martinez. Senão, arrisca-se a ir para alguma propriedade sem nenhum interesse para o turista, como fizeram conosco a princípio. No lugar certo, a visita é inesquecível.
Agora que já conheceu como produzem o tabaco mais precioso, volte pra Havana pra dar tempo de vê-lo transformar-se no emblemático Habano. Sem almoço é claro, por isto levou o farnel…
Chegou a hora da visita às famosas e pitorescas fábricas de charuto. As melhores estão na capital, instaladas em centenários casarões, um mundo à parte e fascinante. Dê preferência à Cohiba ou Partagas… Sensacional!
Está cansado? Então feche o dia, em grande estilo, na Casa dos Habanos, onde além de poder experimentar, na hora, o orgulho cubano, existe um sommelier que ensina todo o ritual de como acende-lo e manusiá-lo. Mesmo pra quem não é fumante o programa vale muito a pena!
DIA 5: VARADERO PRAIA. Ir à Cuba e não conhecer um de seus famosos “Cayos” (pequenas ilhas que abrigam as praias mais deslumbrantes e repletas de surpresas da natureza local), chega a ser pecado mortal… Cayo Largo ou Cayo Coco são os mais lindos e têm estrutura para turismo. O problema é que pra chegar é a maior mão de obra, o acesso mais fácil é avião pequeno e antigo. Precisa-se de, no mínimo, 3 dias, pra justificar o esforço.
Numa segunda ida à Cuba será prioridade no meu roteiro.
Mas tem um paliativo que, pra quem nunca foi ao país, é uma bela introdução praiana. Chama-se Varadero, o balneário mais bombado de Cuba antes da Revolução. Geograficamente, parece com Angra dos Reis, no litoral fluminense. Trata-se de uma cidade muito feia e destruída pela exploração imobiliária, mas cercada de ilhas lindas. Vale pegar um barco e fazer um passeio por algumas delas. A nossa agência tinha tudo, até uma lancha maravilhosa e tinindo de nova.
Na volta, almoçamos em Varadero, na ex casa de praia da família Dupont, a mais rica do país até a chegada de Castro. Hoje é um hotel sofisticado e curioso historicamente, pois a casa ficou completamente preservada, como a família a deixou em 1958. São 8 quartos com fila de espera de 2 anos para a hospedagem, mais campo de golf e um bom restaurante. Chama-se Hotel Xanadu e almoçar por lá já é um bom motivo para conhecer o lugar. Fizemos a reserva pelo Hotel Melia e pedimos, previamente, o “menu a la carte”. Bacana de conhecer.
OBSERVAÇÕES FUNDAMENTAIS:
-A nossa primeira grande surpresa foi quando tivemos uma certa dificuldade pra conseguirmos lugares em avião para a Ilha, com 3 meses de antecedência, principalmente no segundo trecho, Panamá/Havana. O quesito hospedagem, então, foi o maior perrengue. Por enquanto, são 3 milhões de turistas/ano. Quando o embargo estiver efetivamente desfeito, estimam chegar a 4.5 milhões, pelo menos. Digo isto para alerta-lo que esta viagem requer planejamento, senão nada feito.
-Na sequência do parágrafo acima, não conseguimos de modo algum, nos hospedar em Havana Velha. Mas, ao contrário do que nos disseram, faz pouca diferença. O Hotel Melia é ok e tem vista linda para o mar do Caribe. Aconselho a ficar no andar executivo, que funciona com restaurante e concierge exclusivos, o que muda inteiramente a estada.
-Leve euros, cotação muito melhor para troca que o dolar. Aliás, cartão de crédito não é aceito em muitos lugares (o Amex em nenhum), cash é fundamental!
– Pra sair de Cuba, no embarque da volta, guarde 25 CUCs (moeda local que equivale, mais ou menos, ao euro) por pessoa que estiver viajando. É para pagar um imposto de permanência que é feito na hora do check in, como em Fernão de Noronha. Praticamente impossível fazer câmbio no aeroporto.
-Imprescindïvel usar agência de turismo nesta viagem, se quiser ter uma estada tranquila e conhecer o país como ele merece. Pra começar é praticamente impossível, por enquanto, completar uma ligação daqui apara a Ilha, fora o resto. Usamos nossos agentes queridos Alice e Bob Medici, como contei no começo. Eles têm os melhores contatos por lá e realizaram todos os nossos sonhos cubanos.
– A temporada ideal pra conhecer o país é de novembro a abril. À partir daí e na sequência, vem calorão, chuvarada e a temida fase dos ciclones.
– Fomos, em março último, justamente no final do inverno local e, em tese, o clima era pra ser ameno nesta época. Só que entrou uma frente fria vinda dos EUA, a mesma que congelou NYC, e só não morremos de frio porque nossas filhas viajaram no dia seguinte com os devidos casacos que salvaram a pátria. Vi um casal de brasileiros abortar a viagem no meio, por por falta de agasalhos.
. Mais uma peculiaridade, não há nenhum tipo de loja de roupas. Pelo menos que tivéssemos notícia. Portanto, aconselho a levar algo quentinho, por precaução.
– Três programas obrigatório, na divertida noite de Havana:
. Happy hour no emblemático Hotel Nacional, o Copacabana Palace local, com instalações lindas apesar da decadência, jardins deslumbrantes e toda uma história em seus domínios;
. Ir a um espetáculo do maravilhoso Ballet Nacional de Cuba. Vimos um “Lago dos Cisnes” de tirar o chapéu e aplaudir de pé!!!
. Fundamental reservar uma noite para ir a um dos divinos “night clubs” locais. Tipo túnel do tempo, têm música ao vivo de primeira e um ambiente pra lá de vintage. A-do-ra-mos o “El Gato Tuerto”.
Antes de ir, gostaria de registrar o mais importante, Cuba é uma grata surpresa. Apesar de todos os percalços, nos surpreendemos ao encontrar um país pobre mas não miserável, habitado por um povo encantador, educado e, sobretudo, orgulhoso de sua origem. Mas ficamos pesarosos ao ver pessoas preparadas exercendo profissões aquém de suas possibilidades, para sobreviver: nosso guia tinha 2 doutorados e quase todos os funcionários de restaurantes, escolaridade superior, por exemplo.
Andamos bastante e em momento algum nos sentimos inseguros. Como na Sicília, a ilha é cortado por uma auto estrada única e bem conservada que leva os interessados a seus confins, de leste a oeste. Seu território não é grande mas bem diverso, por isso em cada parada uma novidade te espera.
Como, efetivamente, o turismo recomeçou muito lentamente, somente há 10 anos e da estaca zero, ainda é precária a locomoção e, sobretudo, a comunicação. Internet é uma dádiva dos céus, concedida só em hotel mega e por período de tempo irrisório. Na TV, dois canais cubanos e um Colombiano fazem a programação. Livraria só com publicações vintage sobre Fidel, Che e cia.
Em compensação Havana é uma cidade alegríssima, de super astral, restaurantes surpreendentes, instalados em lugares lindos e música por toda parte. Espero que a redentora abertura lhes devolva a sacrossanta liberdade mas que não leve a identidade pois a globalização ainda não bateu na porta de Cuba,
Pra quem, guerreiramente, chegou até aqui agradeço a companhia e peço que me desculpe o tempo tomado, mas gostei tanto de tudo que vi na Ilha mais famosa do mundo, que me empolguei… Vai que te convenci! BN
Pedi à minha caçula Isabel Teixeira de Mello que nos contasse sobre a viagem maravilhosa que fez, ao Piemonte, junto com outras duas amigas queridas, quando cursava faculdade em Milão, em 2007.
Tudo começou com um “telefonema-consulta” para saber o que eu achava dela ir com a Maria Antônia, companheira na estada milaneza e segunda irmã, passar o fim-de-semana em Alba. É que a mãe de Antonia, minha amadíssima amiga Claudia Ferraz, rata da internet e gênia pra descobrir tesouros indisíveis no mundo virtual, tinha descolado uma caça às trufas, em Alba, por um preço surpreendente, fora o inusitado do programa que, a meu ver, era imperdível!
Aflita porque ia interromper, por quatro dias, o puxadíssimo rojão de estudos, Isabel estava prestes a desistir quando fechei o tempo e lhe convenci que há oportunidades, na vida, que jamais voltarão e que o aprendizado dos livros é fundamental mas deve ser complementado, com “atividades extracurriculares”.
Confesso que tive dificuldades para defender a tese da relação trufas/design de moda, mas acabaram embarcando. Finalmente, foram três para a excursão gastronômica (que sonho fazer um dia), pois outra amiga, a fofa Isabela Mascarenhas que na época estudava em Paris, também aderiu à aventura.
Curtam o relato da Bel e, quem sabe, vocês não se animam. Esta é a melhor época pra planejar este tipo de viagem pois mais pra perto, não há vagas, já que caçar trufas não comporta turismo de massa. Além do mais, o contratado foi um programa fechado e organizado pelo hotel, que é uma pequena jóia e tem de pouquíssimos quartos! BN
“PIEMONTE EM OUTUBRO/NOVEMBRO: SAVE THE DATE!”, por ISABEL TM
Para aqueles que, como eu, amam trufas brancas essa viagem é um “Must Go”!
Fiz quando morava em Milão, na companhia de duas amicíssimas!
Passamos um final de semana no Piemonte, região no noroeste da Itália, na melhor época da trufa: começo de novembro!
Vamos por partes, pois tem muita coisa boa pra contar!
PARETE 1: O HOTEL!
Fomos num “blind date” para uma pousada, que a mãe de uma das meninas, tia Claudia Ferraz, reservou pra gente! Essa minha “Tia” tem muito bom gosto pra tudo na vida, e acertou em cheio, mais uma vez…
O Hotel se chama “La Villa” e pertence a uma família de ingleses fofíssimos! O serviço é impecável e os quartos charmosérrimos !
Chegamos lá, via trem Milão-Alba, às 6 da tarde de sexta-feira, para passarmos o fim-de-semana!
Olhem que lindo, nas fotos, o nosso hotel!
Como éramos três, tivemos que ficar na “Honeymoon suite”, ou seja: mordomia total! A primeira pedida, pra entrarmos no clima, foi a tábua de queijos com mel trufado, que comemos to-di-nha, sob a luz de uma lindíssima lua cheia … Pra completar a farra, o restaurante do hotel, La Vie, é um dos melhores da região e seu menu é de tirar o fôlego!
PARTE 2: A CAÇADA ÀS TRUFAS BRANCAS!
Programem-se para caçar trufas brancas e, quem sabe, não dão a sorte de encontram uma poderosa!!!
Fazia parte do “pacote” do hotel, a “Truffle-Hunting”. Depois de um café da manhã incrivel, seguimos para a nossa “aventura”, acompanhadas do Mario, um senhorzinho muito fofo!
Ao lado de seu cachorro e seu caminhãozinho, ele nos levou à caça, durante boa parte da manhã. Saímos felizes e contentes com a trufa que “nós mesmas” encontramos. Quanto mais fresquinha melhor, nosso jantar estava garantido!
Depois do passeio/caça, o Mario ainda nos levou para conhecermos o seu “personal vinhedo”, nos presenteando com uma garrafa do seu acervo. Très chic!
PARTE 3: RESTAURANTE!
As recomendações são muitas, mas o restaurante que mais gostamos chama-se San Marco! Ele tem uma estrela no guia Michelin, um ambiente super agradável e um menu delirante, elaborado pela chef, Mariuccia Ferrero.
PARTE 4: PROGRAMAS!
Além da trufa, o Piemonte também é a região da nocciola, de ótimos vinhos e queijos deliciosos, como o Robiola… Todo fim de mês, eles montam uma mega feira, repleta de todas estas especialidades locais, ou seja, é um delírio total e a melhor opção de programa para aproveitá-la é fazer um picnic!
Antes de mais nada, passa-se o dia provando todas estas maravilhas, nas barraquinhas, seleciona-se o que mais gostou e depois, vai com tudo. Ah, e não esqueça da sobremesa, nocciola na cabeça: são tortas alucinantes, que se quer levam açúcar, tão puro o sabor da nozes!
Para os interessados, também vale a pena conhecer as fábricas de vinhos e espumantes da região. O “Asti dolce”, uma das estrelas locais, é a paixão da minha mãe, BN!
Fomos nas fábricas “Gancia” e “Bosca” : super valeu a pena!” ISABEL TEIXEIRA DE MELLO!