Mais uma vez, temos a alegria de receber Mônica Sayão para nos contar, ainda mais, sobre as maravilhas de Malta… Sigamos com ela, sob o título de “Ainda sobre Valletta”… BN
MÔNICA SAYÃO:
“Valletta fica numa península e por este motivo está rodeada pelo Mar Mediterrâneo que avança e recorta de maneira singular a costa desta parte da ilha de Malta. Hoje tanto a península como as porções de terra no entorno são densamente povoadas e tudo parece uma única e grande cidade. Mas não se enganem: Valletta é somente a parte da península, erguida dentro de muralhas, como mostra o mapa abaixo. Hoje temos à direita Sliema e St. Julian’s e à esquerda temos Copiscua, entre outras cidades conectadas onde não se vê limites oficiais. Só mesmo com a ajuda de um mapa é que se pode entender porque essa região foi tão cobiçada como um porto perfeito: no meio do Mediterrâneo, controlando a rota leste-oeste do comércio marítimo, e extremamenteseguro por sua conformação geográfica
Antes que vocês desistam de ler este post, pelo excesso de arquitetura e histórias, sou obrigada a mostrar as lindas sacadas fechadas, características do lugar: Elas estão por toda parte das ilhas de Malta”. MS
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“MALTA parte 2”, por Mônica Sayão
“Quando a Ordem dos Cavaleiros de São João chegou a Malta, em 1530, Valletta era praticamente desabitada.
A primeira construção a ser erguida foi o Forte Elmo, em forma de estrela, na entrada do porto. Após a vitória dos Cavaleiros que resistiram à frota otomana por 1 ano, no episódio conhecido como o Cerco de Malta, em 1565, eles receberam muitos recursos das potências européias para que Valletta fosse construída como cidade fortificada.
A gente precisa saber que a Ordem dos Cavaleiros de Malta era formada por 8 grupos de origem distinta da Ordem dos Hospitalários: os de Auvergne, os da Provence, os da França, os de Aragão, os de Castela e Portugal, os da Itália, os da Baviera e os da Inglaterra. Aliás, a cruz de Malta , que aparece pela primeira vez em moedas de cobre datadas de 1576, tem 8 pontas que simbolizam as obrigações a serem seguidas pela Ordem, que eram: ter fé, viver na verdade, dar provas de humildade, ser misericordioso, arrepender-se dos pecados cometidos, ser incondicionalmente sincero, e suportar a perseguição.
Uma das construções mais importantes e mais lindas é a co-catedral de São João, concluída em 1576. Ela é dedicada a São João Batista, o padroeiro da Ordem.
For fora ela é austera, erguida com a mesma pedra local usada em todas as construções. Mas seu interior é inesperado e impactante, decorado em estilo barroco!
Anexo à co-catedral há ainda um museu que vale ser visitado. Entre outras tesouros, há uma expressiva coleção de tapeçarias flamencas” MS.
A querida amiga Mônica Sayão volta ao 40FOREVER para nos guiar, eximiamente e mais uma vez, a “mares nunca dante navegados”… Pelo menos por mim, BN, que amo uma viagem fora do “circuito tradicional” e tenho um interesse muito especial por Malta, instigado pela minha musa e saudosa embaixatriz Yvonne Giglioli, que por muitos anos, junto com seu divino marido, Embaixador Harry Giglioli, reinaram em Brasília como representantes do pitoresco arquipélago, junto ao Governo Brasileiro… Yvonnezinha, finalmente vou à sua Malta, por enquanto, virtualmente e, para tanto, sigo com Mônica. Vamos nessa?!
MALTA, por MÔNICA SAYÃO
“Era um desejo antigo conhecer o arquipélago de Malta. Antes de me envolver com a pesquisa sobre o lugar, olhei no mapa e lá estavam – ilhas tão pequenas, no meio do Mar Mediterrâneo, pareciam perdidas. Como podia ter tanta história e monumentos interessantes? Sem contar uma costa deslumbrante, era o que sempre meus amigos me diziam.
Pois é isso tudo e mais um tanto! O arquipélago de Malta é composto por 3 ilhas principais – Malta, Gozo e Comino, e outras minúsculas inabitadas. Malta é a maior e mais importante. Nela está a capital Valletta. Gozo é a segunda em dimensão e população e Comino, a terceira, é bem pequena. Parece inabitada e inóspita, mas lá mora uma família de camponeses que vivem do que cultivam e pescam.
A história de Malta era desconhecida para mim. Sabia por alto sobre a Ordem de Malta. E para compreender o povo maltês e poder apreciar todo seu patrimônio, é muito importante olhar para seu passado.
Malta é diretamente ligada a sua posição geográfica. Localizada a uns 90km ao sul da Sicília e a uns 280km ao norte da costa da Tunísia, era desde os primórdios cobiçada por navegantes do Mar Mediterrâneo por sua localização central nessas rotas comerciais marítimas. Valletta, em especial, por ter uma costa bastante recortada, logo se tornou um porto muito seguro. Fenícios, gregos, cártagos, romanos, bizantinos e árabes a dominaram ao longo do tempo e lá deixaram sua marca.
Diz-se que elas foram habitadas desde a Idade da Pedra, 5.200 anos a.C.
Fazendo uma breve reconstituição histórica, diz-se que o cristianismo chegou às ilhas por causa do naufrágio de barco de São Paulo, em 60 d.C., que estava a caminho de Roma. Nada pode ser provado mas persiste a “história-lenda” dos vários milagres de São Paulo por lá.
Os árabes conquistaram o arquipélago em 870 d.C. e permaneceram por mais de 200 anos. A língua maltesa é muito influenciada pela herança árabe, assim como costumes árabes persistem na sociedade atual. Que aliás, diga-se de passagem, é composta por 98% de católicos.
Depois dos árabes, Malta passou a ser governada pela Sicília.
Em 1522, no tempo das Cruzadas, os Cavaleiros de São João foram expulsos de Rhodes pelo império otomano. Carlos V, rei da Espanha, temendo uma possível invasão otomana em Roma, fez de Malta o lugar para os Cavaleiros se estabelecerem. Assim eles passaram a ter um lugar para se estabelecerem, dando proteção e assistência médica aos membros das cruzadas, e impedindo avanço de forças inimigas em direção à Roma . Eles fortificaram a ilha, principalmente Valletta por causa do porto, construíram vários hospitais e a famosa cruz de oito pontas, que até hoje é usada como símbolo de organizações de ajuda pelo mundo. Na realidade os otomanos tentaram invadir Malta em 1565, no episódio que ficou conhecido como o Cerco de Malta, mas foram derrotados.
Os Cavaleiros ficaram em Malta de 1530 a 1798, período de grande riqueza, quando artistas como Caravaggio foram comissionados para embelezar palácios e igrejas. São desse período os principais monumentos, lindamente barrocos.
Em 1798 Napoleão Bonaparte conquistou o arquipélago a caminho do Egito. Conta a história que ele pediu autorização para atracar no porto de Valletta para abastecimento da frota francesa, mas na realidade foi um golpe para tomá-la sem grande esforço.
Os malteses pediram ajuda à Inglaterra e em 1800 os franceses foram expulsos.
Os ingleses permaneceram em Malta até 1964, quando o arquipélago se tornou independente. Malta se transformou numa República em 1974 e passou a pertencer à União Européia em 2004. E em 2008 Malta aderiu à zona do euro.
Ufa! Que breve história, que nada! Mas acho fundamental esta introdução porque quem visita Malta percebe um pouco ou muito de cada povo que ali habitou e como o maltês atual herdou características de cada um deles.
Línguas oficiais: maltês e inglês. O italiano também é bastante falado.
População: aprox. 425mil habitantes
Moeda: euro
Sob a batuta de Maria Luiza Neves e sua sócia Paula Massena, proprietárias da agencia ORIGINAL TRAVEL, empresa especializada em roteiros personalizados, a dupla acabou de chegar da Ásia e nos conta com detalhes como foi esse tapete mágico.
AC
“A farra, muito bem organizada, começa na ida para o aeroporto. Uma van pegou o grupo em casa, já comemorando com serviço de champagne a bordo.
Nosso primeiro destino foi Bangkok, cidade escolhida para começarmos a ajustar o fuso horário e aproveitar para conhecer os pontos altos da cidade. E, como não podia deixar de ser, com todos os restaurantes reservados, como o incrível Sirocco, situado no rooftop do Lebua Tower. Talvez, uma das melhores experiências gastronômicas e interessantes vistas na vida, um verdadeiro espetáculo em todos os sentidos!!! Sirocco é uma mistura de luxo, sofisticação, comida divina e gente exótica.
Depois, seguimos para Siem Reap, no Camboja, lugar fantástico com templos sensacionais no meio da selva, cercado de um povo sofrido pela guerra e mesmo assim, receptivo e muito servil. A inesquecível estada, foi agregada pelo maravilhoso serviço do nosso “footman”, incansável no atendimento ao grupo .
A próxima parada foi Luang Prabang, Laos, patrimônio mundial, incrível, de tirar o folego. Parecia que estávamos em outra galáxia, como que vivendo em um mundo paralelo. A energia e beleza do local misturada ao povo torna o lugar mais místico e exuberante.
E como não poderia deixar de ser, além dos belíssimos pontos turísticos tivemos mais uma incursão gastronômica invejável. Bebemos uma Margherita premiadíssima no restaurante 3 Nagas, o máximo!
Claro, que viramos atração da cidade. Imagina, um lugar onde todos falam placidamente, em que monges já circulam às 5 da manhã e subitamente às 9 horas da noite, chegam 14 mulheres barulhentas e felizes para jantar, ui !!!
Após 3 dias nesse paraíso, seguimos para o Vietnã, local que a princípio gerou muitas dúvidas e por fim, tivemos a certeza que fizemos o que foi perfeito.
A primeira cidade foi Hanoi, feia, suja e confusa, mas nosso interesse era alcançar Halong Bay, e a única forma é a partir daí. Seguimos pela manhã em um cruzeiro de três dias, onde fomos recebidas com chuva de pétalas, nossas cabines todas superiores , com varanda, um verdadeiro luxo!
Depois, desse deslumbre de lugar, descemos a costa do Vietnã, aí que surge Hoi An, cidade toda amarela repleta de lanternas, daquelas que você vê nos filmes e jura que é cenário, e Hue, antiga Cidade Imperial, show total !
Seguindo esse percurso divino chegamos a Saigon, hoje oficialmente chamada de Ho Chi Minh. O nome foi mudado em 1976 em homenagem ao líder e herói vietnamita do mesmo nome, mas os locais continuam utilizando o nome antigo. A cidade possui 8 milhões de habitantes e 7,6 milhões de motos. E não existe mão e contra mão, na hora do rush calçada e rua são uma coisa só. Dá para imaginar a loucura, não é!
Por fim, seguimos para o lugar mais tecnológico, mais limpo, mais moderno, mais rico , muuuito rico: Singapura. Numa mesma rua “Orchad Road”, tem shoppings com lojas como Gucci, Prada, Miu Miu, Louis Vuitton, Hermes, Burberry, Tiffany, Bulgari , Chanel e tantas outras. Em frente, tem outro shopping com as mesmas lojas e a 200 metros tanto de um lado quanto do outra da calçada, também. Meus Deus , que é isso, ficamos loucas!!!
A cidade é deslumbrante possui um jardim botânico com as Super Tree Grooves. É um verdadeiro espetáculo!!!”