Homem

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Um Stradivarius no telhado

Fui ver “Um violinista no telhado”.

Desculpem-me o atraso em recomendá-la, a peça já está nas suas últimas semanas, mas é praticamente impossível comprar entrada pela internet! Ao comentar esta dificuldade com um dos produtores, achei a explicação interessante mas “debatível”. Ele argumentou que os ingressos são postos à venda a cada 15 dias porque aumenta, consideravelmente, a lotação diária. No meu caso, quase desisti…

Voltando ao que interessa, que peça maravilhosa! Por mais que eu estivesse preparada por amigos entusiasmado, nenhum elogio se comparou ao que vi! A dupla Botelho e Möeller chegou a beira da perfeição!

Em quase 3 horas de espetáculo (que passam num minuto), você tem a experiência única de ver um quadro de Chagall em movimento! É surreal de tão bonito e bem feito!

Gente, e o que é ver nosso velho conhecido José Mayer transformar- se num ator elizabethano, do nada? Além do mais, o galã e ex mega-canastrão canta exímiamente, dança com muito charme e atua com um prazer contagiante! Ele, decididamente, rouba a cena mais difícil de se roubar já que o elenco é composto de atores de primeiríssima grandeza!

Não deixe de ir, é imperdível! Se você encontrar a mesma dificuldades que eu na compra do ingresso, vá no que achar! Nossos lugares eram no terceiro andar do teatro (e último!) e não fizeram feio!

“Um violinista no telhado”
Teatro Oi Casa Grande

Pros amantes de Chagall,  cliquem abaixo:
Chagall animado (Russo)

BN

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Caminho das Índias

Desde que a Internet resumiu o mundo em uma aldeia global, aquelas aventuras complicadíssimas que imortalizaram “viajantes-escritores”, deslumbrando nossa infância com suas narrativas “super-heróicas” (quem nunca se imaginou Marco Polo, paralizando a Europa com um prato de macarrāo?!), tornaram-se divertimento corriqueiro dos simples mortais, transformando lugares inatingíveis em roteiros obrigatórios no repertório dos globe trotters contemporâneos! Butāo, Capadócia, Patagônia ficaram alí na esquina e sāo hoje figurinhas fáceis nas competições sociais de quem foi pro lugar mais inusitado!

Só o meu tāo sonhado “Caminho para as Índias” continuou preservado! Sabe Deus porquê, nessa maratona de lugares a se conhecer antes de morrer, a grande Odisséia é convencer um “regular husband” a encarar, ao menos, o Rajastāo! Lá em casa foi assim até eu ser salva pelo meu antenado agente de viagem, quando propôs o desconhecido “Maharajas Express”!

Trata-se de um trem à la Agatha Christie, com todo conforto e luxo de um hotel 5 estrelas da rede Aman, visual anglo-indiano na medida e roteiro digno de um hóspede do Marajá de Patiala! Ah! A ausência de palavras aterrorizantes do deslocamento aéreo como aeroporto, aviāo, mala são um plus neste mundo mágico sobre trilhos!
Dito isto,embarcamos meu marido e eu, para um “blind date” pelo Rajastāo.
Que maravilha encontrar uma Índia editada no seu esplendor, mas com pitadas das maselas que fazem do país o maior exemplo de high-low rural e urbano que já vi! Por oito divinos dias eles nos encantaram enfatizando, de maneira competente, toda a magia e beleza de um lugar surpreendente, para o bem e para o mal! Não pense em premeditá-la,a Índia é beyond imagination!

O seu cheiro,suas cores, suas ruas emaranhadas de gente, camelo, cavalo, tuque-tuque, moto, boi,  vaca, e até carro, gerando uma espécie de caos organizado, são sensações mais do que contatações e estão ao alcance de qualquer turista.

O diferencial do trem é o número reduzido de passageiros, a estrutura surreal que nos faz sentir totalmente safe aonde quer que estejamos e o bom gosto e precisão na escolha do que mostrar e sempre só pra nós: almoço num palacio, recebidos pelo próprio marajá, jantar no Laxmi Vilas Palace, do poderoso Marajá de Baroda (o dos 23 tiros de canhão); safari na personal-floresta dos marajás(yes, eles tinham 2!); ceiar no deserto à luz de velas, serviço à francesa, baixela de prata, orquestra a embalar bailarinas de mil e uma noite; polo em elefante(eu joguei e marquei 1 gol!); amanhecer vendo o Taj Mahal mudar de cor; etc,etc!

Queridos, o difícil é voltar pra casa sem não se sentir, ao menos, um autêntico marajoca! BN

Clique aqui: Maharajas Express

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