A SENSACIONAL EXPOSIÇÃO DE LUIZ D’OREY
Nascido no Rio de Janeiro em 1993, Luiz Dorey, filho de dois amigos queridíssimos meus de toda vida, deslanchou nas artes plásticas, com seu talento sendo reconhecido internacionalmente.
Ele mudou-se para Nova York em 2012, onde atualmente mora e trabalha. Graduou-se bacharel em Belas Artes na School ou Visual Arts em 2016, pela qual foi escolhido para representar a instituição com trabalhos na feira Pulse de Miami. Recebeu, também da SVA, as premiações 727 Award (2016), Sillas H Rhodes Award (2016) e Gilbert Stone Scholarship (2015).
O carioca trabalha como assistente do artista Carlos Vergara em suas visitas ao Rio e também com Raul Mourão em seu Studio no bairro do Harlem em Nova York. Seu currículo conta mostras coletivas em Nova York, Londres e no Rio de Janeiro, além de participações nas feiras SP Arte e Art Rio. Atualmente o jovem artista faz sua primeira exposição individual na Mercedes Viegas, galeria pela qual é representado no Rio.
Leiam o que ele nos conta:
“Dia 16 de agosto na galeria Mercedes Viegas no Rio abriu a minha primeira exposição visual na qual apresento em torno de 15 pinturas inéditas. Os trabalhos fazem parte de uma série que eu venho desenvolvendo ao longo dos últimos dois anos. Para a construção de uma imagem, que tem como ponto de partida fotos que tiro de construções e arquiteturas da cidade de NY, eu me utilizo de pôsteres arrancados dos tapumes de obra como o meu principal material.
Uma das coisas que mais me interessa nesse sistema são os limites criados pela disponibilidade do material, que naturalmente me propõe problemas pictóricos a serem resolvidos. Então o trabalho está sempre dialogando com esse limite entre o acaso e a intenção, mas o mais interessante é que o acaso em questão não é qualquer tipo de eventualidade. Ele se da pelo fato do material em uso ter sido produzido com outras intenções diferentes da minha como artista. Então todo o pôster que eu encontro carrega uma série de informações baseadas na intenção genuína de outra pessoa, seja ela a de anunciar um show, de promover uma marca, de fazer um protesto, uma mensagem política etc. Esse cruzamento de intenções me interessa porque ele leva pra dentro da pintura em conteúdo verdadeiro que diz respeito a um determinado lugar e tempo específicos.
E foi justamente pensando nessa questão que eu tive a ideia de, após terminar cada pintura, fotografá-la e reproduzir sua imagem em um papel de pôster e colá-lo novamente no tapume de obra. Após um registro diário fotográfico e de vídeo, arranco meu próprio pôster e eu uso o que aconteceu sobre a imagem da minha pintura como início de um novo trabalho.”
Mercedes Viegas Arte ContemporaneaR. João Borges, 86 – Gávea, Rio de JaneiroAté dia 23 de setembroAC
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