A Princesa Carolina de Mônaco e o Embaixador Paulo Uchoa
mais uma vez juntos em favor das crianças e adolescentes vulneráveis da República Democrática do Congo
Idealizado há três anos pela Princesa Caroline de Mônaco e pelo Embaixador do Brasil em Kinshasa Paulo Uchoa, o programa de reinserção social Capoeira pela Paz tem produzido resultados muito positivos para os seus participantes: as crianças desmobilizadas de grupos armados e que estão em fase de recuperação psicológica para reintegração com suas famílias.
Executado em parceira com o UNICEF e com o apoio dos Governos do Canadá e da Suíça, esse esporte brasileiro de origem africana tem provocado mudanças positivas importantes no comportamento desses jovens congoleses, cuja infância foi marcada pelo recrutamento forçado, pela violência e pelo isolamento.
Motivada pelos relatórios que recebe sobre a evolução do programa, a Princesa Caroline acaba de passar uma semana no país para ver de perto esse trabalho pioneiro que vem sendo realizado na cidade de Goma e seus arredores, na província do Kivu do Norte, uma das regiões mais violentas do mundo.
Nessa mesma província, a Princesa Caroline e o Embaixador Paulo Uchoa visitaram um campo de deslocados internos para conhecer a difícil realidade de mais de 2 milhões de habitantes desse imenso país, que deixam suas cidades de origem para fugir dos sérios conflitos.
Na capital do país, Kinshasa, Caroline participou, como Madrinha, da primeira Cerimônia de Batismo de Capoeira de Kinshasa, uma iniciativa da Associação Abadá Capoeira Congo, que conta com o apoio da Embaixada do Brasil e do Fundo das Nações Unidas para a População. Na ocasião mais de 100 jovens capoeiristas congoleses receberam pela primeira vez suas cordas e seus diplomas, uma conquista importante, sobretudo para aqueles que são crianças de rua.
Além das atividades ligadas à capoeira, a Princesa Caroline, que preside a Associação Mundial dos Amigos da Infância (AMADE-Mondiale), organização criada por sua mãe, a Princesa Grace de Mônaco, aproveitou sua terceira viagem à RDC em 8 anos para visitar outros projetos que recebem o seu apoio.
Foi recebida na sede da ONG Viver e Trabalhar Diferente (VTA), que acolhe meninas abandonadas por suas famílias por serem consideradas “crianças enfeitiçadas”. Com o apoio da AMADE-Mondiale, as instalações do centro foram reformadas e os programas de educação e reinserção familiar foram reforçados desde maio de 2013, data de sua última visita ao país.
A agenda da Princesa incluiu, ainda, uma visita ao Estaleiro Naval do grupo CHANIC, que oferece estágios de formação profissional para jovens congoleses resgatados das ruas de sua capital Kinshasa, uma atividade que se desenvolve em parceria entre a AMADE-Mondiale, o grupo CHANIC e uma outra ONG local, a Rede de Educadores de Crianças e Adolescentes de Rua (REEJER).
Além das atividades de cunho humanitário, Caroline de Mônaco aproveitou para conhecer algumas instituições ligadas à promoção cultural na RDC. Visitou os centros culturais Symphonie des Arts, que conta com programa de ballet clássico e um vibrante centro de artesanato, e Bilembo, que integra promoção artística local de qualidade com programas educacionais voltados à sensibilização das artes, das culturas locais da preservação da natureza.
Acho que esta viagem será inesquecível para Caroline de Mônaco, pois foi marcada por grandes emoções e momentos fortes e intensos. Foi muito importantes para ela poder ver de perto a organização perfeita deste projeto maravilhoso idealizado por ela e pelo competentíssimo Embaixador Paulo Uchoa.
MP