“O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE QUE FUMAR FAZ MAL À SAÚDE”…
DITO ISTO, VAMOS AO POST!
Fiz uma viagem maravilhosa à Cuba, neste carnaval, que mais adiante contarei, pros interessados. Lá, tive a sorte de conhecer Walter Saes Rodrigues Neto, super advogado paulista e “charuteiro” nas horas vagas. A grande notícia é que o hobby transformou-o no “Campeão Mundial Habanosommelier” de 2015, título máximo para os conhecedores de charuto, e primeiro brasileiro a conquistar esta façanha, na sexta-feira, 27 de fevereiro de 2016, em Havana.
Tudo começou quando almoçávamos no mesmo restaurante, nas cercanias de Havana e amigos em comum fizeram as apresentações; seguimos papeando… Contou que estava na Ilha para participar do “XIV Concurso Internacional Habanosommelier”, que aconteceria dentro do prestigado “Festival Del Habano”. Para que vocês entendam um pouquinho deste mundo que, apesar da fumaça, é muitíssimo interessante, faço uma pausa e dou algumas informações recém aprendidas.
O título “Habano” é dado aos charutos D.O.P., isto é, aqueles que têm “Denominação de Origem Protegida”, confeccionados segundo normas rigorosíssimas, à partir de folhas oriundas de zonas específicas e elas também protegidas com a denominação de origem… Assim, todo Habano é cubano, mas nem todo charuto puro de Cuba é um Habano.
Já deu pra perceber que “Globo e você, tudo a ver”, ou melhor, que vinho e charuto são da mesma e sofisticada laia: Ambos têm “terroir”, safra, clima, planta típica (que só dá sublimemente em uma região) e tecnologia local (semi secreta) empregada na confecção. Pertencem, igualmente, a um mundo único, repleto de nuances, “inglobalizável” pois oriundos de um somatório de qualidades específicas e intransferíveis.
Conclusão: “Habano” está para o charuto como o “Premier grand cru classe” está para o vinho, capiche?!
Já deu pra perceber que “Globo e você, tudo a ver”, ou melhor, que vinho e charuto são da mesma e sofisticada laia: Ambos têm “terroir”, safra, clima, insolação, secagem, fermentação, planta típica (que só dá sublimemente em uma região), “blendagem” e tecnologia local (semi secreta) empregada na confecção. Pertencem, igualmente, a um mundo único, repleto de nuances, “inglobalizável” pois oriundos de um somatório de qualidades específicas e intransferíveis.
Voltando ao nosso herói Walter Saes, como Ulisses, teve uma odisséia à sua frente e venceu-a com galhardia; seus números são impressionantes:
– Foi consagrado “Campeão Mundial Habanosommelier” depois de receber a maior nota de todos os tempos e o título de “Melhor Campeão Mundial de Todos os Tempos”;
– A grande final foi disputada por 9 candidatos (os melhores do mundo), sendo que 4 já estavam previamente escolhidos: O de Cuba, da França, da Espanha e Inglaterra.
– Por isso, para chegar em Havana, Saes competiu por uma das outras 5 vagas ainda disponíveis, com mais de 12 mil candidatos, de 80 países.
Quem leu o post até aqui, pode querer saber como se dá a competição. Então, sigamos com as explicações do próprio Walter Saes:
“A competição mede o conhecimento específico e profundo sobre o charuto tais como, preparação da terra, plantação, irrigação, tipos de solo, terroir, clima, colheita, secagem das folhas, fermentação das folhas (não contei que é prima do vinho), envelhecimento, elaboração do charuto e por aí vai.
Avaliam, também, o conhecimento dos candidatos sobre as 27 marcas de Habanos, 250 vitolas (formatos dos charutos), além da história das marcas, harmonização dos charutos com comidas e bebidas (sim, eles também harmonizam), verdadeira prova de fogo”.
Depois deste teste renascentista de conhecimento em charutos, chegamos à segunda e derradeira etapa do concurso, onde restaram apenas 3 poderosos candidatos: Nosso brasileiro, o de Cuba e Inglaterra. Aí, um júri sabatina-os profundamente sobre 16 marcas de Habanos, escolhidas aleatoriamente, e terminam a maratona fazendo serviço de sommelier para duas cubanas “expert”: Ufa, finalmente o campeão!!!!
Salve Walter, “Campeão Mundial de Habanosommelier” e “Especialista Máximo em Charutos”, adorei conhecer este “brand new world”… BN