A querida curadora, Vanda Klabin, que nos guiou por duas lindas exposições que bombaram, em 2011, “A Mostra da Coleção Stein”, em Paris, e a “Expo das Jóias das Escravas Brasileiras”, em Grand Hornu, Bélgica, nos mostra, desta vez, uma linda expo sobre o construtivismo brasileiro. A linda mostra foi montada, a quatro mãos, por ela e o parceiro Ronaldo Brito, dentro da Europalia, evento cultural que aconteceu no final de 2011, na Bélgica.
Vamos ver a maravilha de trabalho que a dupla produziu, guiados por Vanda: sorte a nossa! BN
“A VONTADE CONSTRUTIVA NO BRASIL – ANOS 1950/ 1960
ART IN BRAZIL -EUROPALIA BRASIL, BÉLGICA 2011
CURADORIA : RONALDO BRITO & VANDA KLABIN
A Europalia Brasil, megaevento cultural na Bélgica, focaliza um amplo panorama da arte brasileira, com destaque para a diversidade de linguagens, seja a arte popular, arte indígena ou a presença da cultura africana, traços característicos da nossa cultura.
Ali estão apresentadas várias exposições complementares, que marcam os primórdios das artes visuais brasileiras até o momento atual.
A mostra ART IN BRAZIL, localizada no belo prédio construído pelo arquiteto belga Victor Horta, abriga vários núcleos do cenário da arte brasileira com suas particularidades, que se sucedem até nossa arte contemporânea .
O módulo A VONTADE CONSTRUTIVA NO BRASIL – ANOS 1950/ 1960, com a curadoria de Ronaldo Brito & Vanda Klabin , é a abertura desse conjunto, que explicita as bases da transformação da arte brasileira e os fundamentos da sua produção contemporânea. Nesse período ganha absoluta importância o movimento Concreto, que teve sua origem em São Paulo e sua dissidência, o movimento Neoconcreto, sediado no Rio de Janeiro. As divergências entre esses dois grupos foram justamente o ponto de partida e também a cristalização estética dessas tendências, resultando em obras extremamente originais, ousadas e de grande força poética.
Ambos movimentos são tributários das experiências do movimento construtivista internacional e da significativa presença de Max Bill por ocasião da I Bienal de São Paulo em 1951 e ali estão representados artistas brasileiros, hoje todos de grande reconhecimento internacional, como Hélio Oiticica; Sergio Camargo; Lygia Clark; Mira Schendel ; Lygia Pape; Franz Weissmann, Amilcar de Castro; Willys de Castro; Hércules Barsotti ; Alfredo Volpi ;Aluísio Carvão; Milton da Costa; Geraldo de Barros .
A adoção de uma linguagem abstrata, geométrica e altamente complexa, vai se distanciar da iconografia do modernismo brasileiro e lançar as bases de um movimento de vanguarda de extrema importância para a arte brasileira, que tem a sua permanência encontrada na vitalidade de obras de artistas atuais que adotaram essa linguagem geométrica, como Raymundo Colares, Paulo Pasta, Antonio Manuel e Eduardo Sued, também presentes nessa mostra.
Inovadores, esses artistas “desmolduraram “o quadro, “penetraram “ na obra, criaram disponibilidade para o uso de novos matérias e suportes, exercitaram a geometria, incluíram a participação do espectador como parte integrante da obra, possibilitando um nova relação para os diversos continentes da sabedoria. Ferreira Gullar, expoente importante para todo o desenrolar do neoconcretismo, falava em “surpreender a forma em seu nascedouro”..
Esse é o momento de implementação do projeto construtivo no Brasil e suas efervescências culturais, derivadas do famoso postulado do crítico Mario Pedrosa, “a arte como exercício experimental da liberdade” e foram determinantes para a formação posterior da arte brasileira”. Vanda Klabin
VAMOS DAR UMA VOLTA PELA EXPOSIÇÃO, SEGUINDO AS FOTOS DA VANDA:
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